Dia 11 de agosto a TV UEL (Universidade Estadual de Londrina) disponibilizará em sua página os primeiros mini documentários biográficos "Tecer Idades", produzidos pelos participantes do Projeto de Extensão "Oficina de TV para a Terceira Idade: a comunicação comunitária como dispositivo aos que têm mais a contar". O programa é fruto da criação coletiva de um grupo de pessoas da maturidade, em parceria com alunos monitores dos cursos de Jornalismo e de Relações Públicas do Departamento de Comunicação da UEL, participantes do projeto, sob a coordenação do professor de Comunicação Popular e Comunitária, Reginaldo Moreira. Para marcar a data e receber a imprensa, dia 11, às 14h30, haverá a exibição dos primeiros mini documentários, na sala 631, da Faculdade de Relações Públicas do CECA (Centro de Educação, Comunicação e Artes). Após a exibição, os produtores estarão disponíveis para responder às perguntas sobre a realização dos vídeos.
Iniciado em março de 2014, o projeto de extensão abriu trinta vagas aos interessados em produzirem um programa de TV, que os retratassem de maneira mais plural e menos estigmatizada. Assim, o grupo iniciou os trabalhos com uma crítica sobre os meios televisivos, que, na maioria das vezes, não representam adequadamente as novas realidades dessa faixa geracional, reforçando estereótipos e preconceitos. A partir da construção do olhar crítico sobre os conteúdos disponíveis, surgiu a proposta para criação de um programa, que pudesse revelar as multiplicidades e singularidades das pessoas mais maduras.
Como primeiro resultado da criação coletiva, no ano de 2015 foi lançada a revista eletrônica Tecer Idades. Em 2016, os participantes estão na última fase do projeto, em que realizam documentários sobre recortes de suas próprias histórias, num processo de rememoração e valorização das suas trajetórias de vida. Ao todo serão aproximadamente 15 mini documentários, produzidos ao longo de todo ano, com duração de cerca de 10 minutos cada.
Como metodologia de trabalho, foi utilizada a comunicação comunitária, que implica na participação democrática para a produção de conteúdos para a TV. Assim, os integrantes expressam e protagonizam o programa alternativo. Na produção, passam por todo o processo de criação, desde a definição do formato, pauta, quadros, locações, trilha, filmagem, direção, roteirização e edição. O resultado são programas realizados por pessoas da terceira idade e para pessoas dessa faixa geracional. Os participantes querem ir além do público-alvo prioritário e chegar a todos, para que o preconceito diminua ainda mais.
Assessoria.