Londrina se une para se tornar uma "Cidade Inteligente"
Assunto foi tema de conferência municipal realizada neste mês; encontro foi importante, pois trouxe à tona discussões que abrem oportunidades de negócios especialmente para o setor de TI
Imagine a possibilidade de solucionar problemas em diversas áreas como meio ambiente, mobilidade e economia com o uso de inovações. Este é o conceito básico das "Smart Cities" – em português, "Cidades Inteligentes". Grandes empresas, instituições de ensino e governos pelo mundo têm apostado em aperfeiçoar a infraestrutura e tornar os centros urbanos cada vez mais eficientes e melhores de se viver com o uso de tecnologias. E o assunto foi tema de uma conferência realizada entre os dias 9 e 10 de agosto pela Prefeitura de Londrina, por meio do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), em conjunto com o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, e apoio do Senai e Sebrae/PR.
Para Pedro Sella, diretor de Ciência e Tecnologia da Codel e presidente da comissão organizadora da IV Conferência Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, o encontro foi importante para que a cidade comece a planejar ações de forma coordenada. Segundo ele, Londrina já tem implantado algumas iniciativas – como o Super Bus, na área de mobilidade, e a modernização da Prefeitura e transparência do poder público municipal, na esfera interação entre cidadãos e governo -, porém tudo foi feito até agora de maneira desconexa. "Nosso objetivo é conectar as ações de inovação e elaborar mais projetos estruturantes envolvendo a academia, o setor empresarial e a população", informa.
Na avaliação de Fabrício Bianchi, consultor do Sebrae/PR, o evento – com o tema "Como Transformar Londrina em uma Cidade Humana, Inteligente e Inovadora (Smart City)" - foi importante, pois trouxe à tona discussões que abrem muitas oportunidades de negócios especialmente para o setor de Tecnologia da Informação (TI). "O que foi debatido na conferência pode ser utilizado para desenvolver estratégias e ações de inovação pelo Município", afirma.
Para Luis Carlos de Albuquerque Silva, presidente do APL de TI de Londrina e Região, a cidade tem vocação para a tecnologia. Na visão dele, o setor de TI precisa se articular para unir oportunidades e aliar o trabalho com a gestão municipal, em busca de aumentar o desenvolvimento. O investimento, segundo ele, pode contar com recursos da União. Silva garante que Londrina tem empresas capazes de fornecer as ferramentas tecnológicas necessárias para a sua transformação em "Smart City".
Um dos palestrantes na conferência, Carlos Frees, especialista em projetos de Tecnologias de Informação e Comunicação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), diz que Londrina tem um potencial muito grande para se tornar uma cidade inteligente. "O envolvimento não pode ser de um prefeito, mas de toda a cidade", destaca. O mais importante, de acordo com ele, Londrina já tem: pessoas interessadas e competentes para fazer acontecer. Agora, cabe ao Município melhorar o Plano Diretor, elaborar projetos e estudos integrados, com o envolvimento dos cidadãos, e dando respaldo para a participação das empresas locais.
Gestão inteligente da dengue
Durante a conferência, Agostinho de Rezende, diretor-presidente da DRZ Geotecnologia e Consultoria, apresentou uma ferramenta para a gestão inteligente da dengue. Ele explica que, em vez da tradicional prancheta utilizada pelos agentes, a coleta de dados poderá ser feita por tablets. Também será possível a criação de um banco de dados com o mapa de toda a cidade, o que possibilitará a gestão online de todos os problemas envolvendo a endemia. "O cidadão, inclusive, poderá informar ao sistema sobre pontos de descarte irregular e indicar possíveis focos do mosquito", acrescenta.
Para Rezende, Londrina precisa se estruturar para transformar o conceito de Smart City numa política efetiva de governo. "Já existe uma mobilização e se os atores envolvidos no processo continuarem avançando, com certeza, em breve, Londrina se tornará uma cidade fértil para se implantar soluções tecnológicas."
Eleição do conselho
No dia 10 de agosto, foi realizada a eleição dos novos membros do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação para o biênio 2016-2018. Eles representam o setor produtivo, agências de promoção da inovação e tecnologia, além de instituições de ensino. O gerente regional do Sebrae/PR em Londrina, Heverson Feliciano, e o consultor Fabrício Bianchi estão entre os eleitos. Junto com os outros representantes, eles terão a missão de discutir as propostas debatidas durante a conferência e pensar em ações para o desenvolvimento do ecossistema de inovação de Londrina.
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