Aladdin se reafirma como uma das melhores histórias da Disney e se reinventa ao entregar uma versão moderna e atual de um clássico inesquecível.
Por Mari Bianchini:
Talvez isso soe suspeito vindo de alguém que é completamente apaixonada por musicais e por absolutamente tudo que a Disney faz, mas posso provar que não estou exagerando.
Eu, que não estava com expectativas muito altas, fui conquistada nos primeiros dois minutos de filme, ao som de Arabian Nights, ou, em português, A Noite da Arábia, com uma ambientação fiel e com uma animação contagiante. Ali, eu já sabia que o filme tinha sido mais um dos tantos acertos da empresa.
A começar pela trilha sonora, que não sai do meu fone de ouvido desde que foi lançada, na quarta-feira antes da estreia do filme, e já tinha me impressionado mesmo fora de contexto. Ao lado do roteiro, as músicas ganham vida e servem para agregar informações e sentido à história.
Eu estava ansiosa por dois momentos em particular e não me decepcionei. O primeiro deles, sem dúvidas, era a releitura do dueto imortalizado por Brad Kane e Lea Salonga e ganhador do Oscar de Melhor Canção Original em 1993: A Whole New World (Um Mundo Ideal) continua emocionando, ainda que quase 30 anos tenham se passado.
O segundo era a interpretação de Speechless (Ninguém Me Cala, em português), uma canção inédita escrita especialmente para o live action e cantada pela personagem Jasmine em um momento de protagonismo que dá o espaço necessário para a única princesa da Disney que não é a personagem principal de sua história. Entretanto, as lágrimas vieram, de verdade, com a libertação do Gênio - seguida pelo final emocionante já conhecido - que representa tanto!
Apesar de tudo isso, é importante ser imparcial: quando o elenco escolhido para o filme foi anunciado, não fiquei muito feliz. Os atores, simplesmente, não me pareceram condizentes com os personagens. Depois de assistir ao filme, posso dizer que estava parcialmente certa, mas que alguns desempenhos me surpreenderam.
Will Smith convence, impressiona, diverte, arranca risadas do público e rouba a cena em todos os momentos em que aparece durante as mais de duas horas de filme. Naomi Scott dá vida - e voz - a uma das melhores e mais consistentes princesas da Disney de uma maneira que eu não achei que ela pudesse. Apesar disso, as outras atuações são medianas. Não deixam a desejar, mas também não se destacam.
Algumas pessoas apontaram a falta de mudanças na história como um problema. É, claro, quando bem feito, é interessante ver novas perspectivas para algo tão familiar, porém, não é - e nunca foi - esse o objetivo de versões em live-action.
Ainda que seja passível de questionamento os tantos lançamentos de versões nesse estilo de clássicos da Disney programados para os próximos anos, este filme é uma homenagem à sua versão original e um presente aos fãs. E cumpre os dois papéis com maestria.
Com breves falas e pequenos detalhes diferentes do clássico de 1992, Aladdin consegue amarrar a história de uma maneira ainda mais forte e coesa, provando que, por mais que seja incrível visitar mundos completamente novos, pode ser maravilhoso visitar um mesmo mundo outra vez.
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