O presidente Peter Silva disparou fortes críticas à imprensa, como se sua má administração, a péssima campanha do clube e o risco do rebaixamento fossem causados pelos homens que falam em microfones ou escrevem para jornais. É sempre assim. Quando os comentários são elogiosos tudo fica bem. Quando os erros e os desmandos são noticiados, os cartolas viram bichos. Como falar bem de um trabalho que há quase quatro anos não dá certo? Como elogiar um time que tem os piores números do campeonato? Difícil, né presidente? Afinal, quem assumiu o compromisso de comandar um clube que tem 53 anos de história foi o senhor. Não foi nenhum jornalista ou radialista.
Sem filosofia O Londrina segue sem uma linha de ação definida quanto à revelação de novos talentos. O garoto Felipe Rafael, que participou dos últimos jogos do time no campeonato, voltou ao grupo de juniores. Não deverá ter uma nova chance contra o Coritiba. Com isso, na sua posição, poderá aparecer Gustavo, jovem também, que não é mais jogador do LEC, que estava fora há tempos e que vinha participando de torneios amadores na região. Preferência errada. Um não é melhor que o outro e na hora de escalar um garoto é preferível colocar em campo aquele que é do clube e que pode, num futuro próximo, render dividendo importantes para amenizar a grave crise financeira do momento. Matriz ou filial? O futebol é mesmo caprichoso e na última rodada da fase classificatória do Campeonato Paranaense teremos um jogo que poderá dar o que falar. Paraná x Iguaçu, um jogo que seria normal, corriqueiro, não fosse o encontro da matriz com a filial. Para participar do certame o time de União da Vitória recorreu aos paranistas e levou, numa tacada só, o técnico Luciano Gusso e uns seis ou sete jogadores. Ganhou toda estrutura necessária. O problema é quer os dois estão em má situação, fora do grupo de classificação e, no confronto, alguém vai ter que abrir a guarda. O Paraná tem 14 pontos, o Iguaçu tem 13. Nesse fim de semana o time da Capital pega o Foz (em casa) enquanto o Iguaçu enfrenta o Rio Branco (fora). Dependendo dos resultados, na última rodada alguém terá que ganhar de alguém para se classificar ou não cair. Os dois poderão chegar na mesma situação, com as mesmas ambições, mas com lugar somente para um. E daí? Qual será a preferência dos dirigentes? Matriz ou filial? Ronaldo ou Neymar? O jogo Corinthians e Santos promete. Deve ser um jogo aberto, de gols. Com Ronaldo e Kleber Pereira em campo não pode ficar no zero a zero. Acho que essa será a briga especial do clássico. De Ronaldo com Kleber. Briga de marcadores de gols. Não de Ronaldo com Neymar. O menino é muito promissor, é uma nova jóia do futebol brasileiro, mas não pode ser envolvido nesse tipo de disputa. Ele é um garoto muito simples, de origem humilde, que ainda não tem estrutura para esse tipo de rivalidade e badalação. A briga pelos ingressos Os clubes grandes de São Paulo seguem brigando pelos ingressos nos clássicos. Os corintianos sofreram quando do jogo com o São Paulo ao receberem somente 10 por cento da cota, o que é estipulado pelo regulamento. Agora são os torcedores do Santos que chiam porque o Corinthians só liberou seis por cento dos ingressos para a sua galera. Os dirigentes do Timão anunciam estar retribuindo o que o Santos fez no último jogo entre os dois disputado na Vila Belmiro. Mais inteligente foi o Palmeiras que, ao mandar o jogo contra o Corinthians (em Presidente Prudente), praticamente distribuiu os bilhetes na base do meio a meio.
Como os presidentes dos quatro grandes parecem ser homens cultos e dotados de inteligência, o correto seria que eles mesmos estipularem uma regra especial para os clássicos: metade para cada torcida.