Com as vinte melhores equipes do país, o Campeonato Brasileiro da Série A que começa hoje, terá 38 rodadas e durará sete meses. Pela preparação e investimentos realizados, embora o futebol seja ilógico, a lógica manda dizer que sete times estão na linha de frente para a conquista do título atualmente em poder do São Paulo. O próprio Tricolor e os seus rivais paulistas Corinthians e Palmeiras, a dupla Gre-nal, o Flamengo e o Cruzeiro. Eles possuem as maiores estrelas e os melhores elencos e devem suportar a dureza de um longo certame. E porque o número de favoritos chega a sete, é esperado um campeonato com um sobe-e-desce mais equilibrado, certamente com alternações na liderança.
E no bloco de baixo, o do rebaixamento? Teoricamente os candidatos são os menos tradicionais e de investimentos menores e nesse time entraram Santo André, Barueri, Náutico e Avaí. Como sempre um dos grandes entra em desgraça (como Corinthians e Vasco da Gama nos dois últimos anos) resta saber qual deles será o sufocado.
Quanto aos paranaenses, pela força que mostram no momento, prevejo participações discretas e até com preocupações quanto ao rebaixamento. Acho que os times do nosso Estado estão enfraquecidos com relação aos anos passados.
A previsão é de um campeonato com muitos gols, pois a exemplo dos grandes times existentes, há grandes goleadores, os chamados matadores. Além disso, alguns clubes são hoje adeptos do jogo ofensivo, aboliram a famigerada formação com três zagueiros e escalam três atacantes. Os paulistas são os maiores exemplos dessa forma de jogar. O Timão foi campeão paulista invicto com o trio Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho. O São Paulo constantemente escala Dagoberto, Washington e Borges. O Santos tem Neymar, Kleber Pereira e Madson que jogam para a frente mesmo.
No time dos matadores a briga pela artilharia promete com as maiores estrelas Ronaldo, Fred e Adriano, os repatriados. E segue com Kleber Pereira, Tardelli, Nilmar, Tayson, Max Lopes, Alex Mineiro, Maicossuel, Keirrisson e outros. E porque não dizer o Pedrão, artilheiro do Campeonato Paulista? O Rafael Moura?
Vamos ter grandes jogos, grandes lances, belos gols, defesas espetaculares e uma sensacional disputa na briga pelo título, pela Libertadores, pela Sul Americana e para não cair. Nunca um campeonato brasileiro prometeu tanto. Vamos aproveitar!
Heber no Pará
O "apito de ouro" Heber Roberto Lopes foi longe para trabalhar nesse domingo. Ele será o árbitro de Clube do Remo e São Raimundo de Santarém que decide o Campeonato Paraense. A propósito, Heber Roberto Lopes, Evandro Rogério Roman e Antonio Denival de Morais serão mais uma vez os nossos apitadores no Brasileiro A. Eles fazem parte da linha de frente da arbitragem brasileira e sul americana.
A gripe e a Libertadores
São Paulo e Nacional do Uruguai serão os beneficiados com a epidemia da nova gripe. Por determinação da Conmebol, seus jogos contra os mexicanos Chivas e San Luis, se saírem, terão apenas o mando dos sul americanos. Somente os jogos de São Paulo e Montevidéu. Em razão dessa decisão, os mexicanos anunciaram a desistência, saem da competição, mas ainda não é ação definitiva.
Deixando a gripe de lado, o lamentável acontecimento do ano, entendo que a Confederação Sul Americana deveria deixar os mexicanos de fora nas edições futuras e abrir vagas para mais dois times do nosso continente, o campeão e o vice da Copa Sul Americana. Não seria injustiça, pois os mexicanos pertencem à Concacaf, entram como convidados e se um deles ganhar a Libertadores não poderá representar a América do Sul no Mundial de Clubes.
E o Tubarão?
As decisões no Londrina não sempre em câmara lenta. Mais uma semana terminou sem que a lista dos jogadores que virão do Iraty fosse confirmada, sem a vinda dos anunciados jogadores do Nacional e sem qualquer outra decisão de impacto. O presidente Peter Silva agora faz cobranças fortes ao prefeito Barbosa Neto, dizendo que se a administração municipal não ajudar, se novos empresários não chegaram para apoiar o clube, a participação no Brasileiro D será muito modesta.
O que disse o presidente é realidade, mas o momento não é apropriado para esse tipo de cobrança. O novo prefeito já demonstrou sua disposição de apoio, mas tem muitas outras prioridades. Antes de consertar o Londrina, Barboza terá que resolver problemas urgentes na Prefeitura. A saúde, a educação e a segurança falam mais alto.