A administração Barbosa Neto segue com o firme propósito de vender o Estádio Vitorino Gonçalves Dias e, com o dinheiro arrecadado, promover uma completa remodelação no Estádio do Café, construir uma Vila Olímpica na região do próprio estádio, e nela, um Centro de Treinamentos para o Londrina Esporte Clube. É um projeto bastante polêmico, pois há muita gente contrária ao fim do velho estádio.
O VGD foi cedido pela Prefeitura ao Londrina em sistema de comodato e o prazo venceu há dois meses. O Estádio, segundo técnicos, está condenado. Não oferece segurança aos torcedores que sentarem debaixo de suas marquises. Parte das arquibancadas também oferece risco. É por isso que ele foi interditado pela Federação Paranaense de Futebol. Para continuar comportando jogos, o VGD precisa passar por uma reforma total ou ser reconstruído. E, como o Estádio do Café tem também os seus problemas, será necessário acabar com um para revigorar o outro. A verdade é que o VGD está numa área que não permite o seu crescimento. Não tem espaço para melhorias e para o estacionamento, uma exigência primordial nos tempos de hoje. Entendo que o VGD já cumpriu a sua missão em benefício do futebol de Londrina. Construído no início da década de 50, ele perdeu sua soberania para o Estádio do Café quando o Londrina entrou no Campeonato Brasileiro e o evento exigiu um palco maior para os seus jogos. Voltou, depois, a comportar jogos do Tubarão, quando o time alviceleste foi perdendo a sua força e se tornando pequeno de novo. Das grandes conquistas do LEC, somente o título paranaense de 1962 foi ali, no Vitorino Dias. As demais aconteceram todas no Estádio do Café por comportar maiores públicos e oferecer mais conforto para o torcedor.
Não fico em cima do muro nessa parada. Se a Prefeitura cumprir a prometida reforma do Café, a construção da Vila Olímpica e o Centro de Treinamentos do LEC – sou favorável ao fim do VGD. O esporte de Londrina irá ganhar muito com esse projeto. E do Vitorino Gonçalves Dias vão ficar as lembranças.