O Brasil conseguiu uma goleada história em Montevidéu e acabou de vez com o tabu de não vencer no Estádio Centenário. Marcou logo 4 x 0 para que uruguaio nenhum encontro desculpa. A tabu, a propósito, era longo no tempo de 33 anos, mas pequeno no número de jogos, apenas sete.
Como se diz que tabu existe para ser quebrado, a goleada começou com o frangaço do goleiro Viera no gol de Daniel Alves. A falha do "porteiro" foi um baque muito forte para os donos da casa que quiseram enfrentar o Brasil de igual para igual, pensando em atacar e ganhar o jogo.
O Brasil demorou para liquidar o jogo. Poderia ter feito o segundo enquanto os adversários ainda estavam zonzos pelo gol tomado. E quando os "orientais" dominavam as ações de novo, veio o gol de Juan. O segundo tempo foi do mesmo jeito. Uruguai pressionava, mas quem marcava era o Brasil e a goleada foi sacramentada.
O resultado deu o primeiro lugar ao time comandado por Dunga, liderança que pode ser consolidada de forma definitiva na quarta-feira, contra os paraguaios, em Recife. O Brasil assumiu a ponta para ir até o fim, como o melhor da América.
Goleada estabelecida, Dunga passou bem pelo primeiro desafio de junho. Uma vitória contra o Paraguai e boa participação na Copa das Confederações garantirão o carimbo definitivo no passaporte do treinador quanto à Copa de 2010.
Vivem do passado
Os uruguaios continuam vivendo do passado. Sempre que enfrentam o Brasil recorrem à história de 1950, do Maracanaço. E desta vez não foi diferente. Eles levaram os poucos daquela façanha que ainda vivem, ao gramado e o telão do velho Estádio Centenário passou o tempo todo as históricas imagens do feito da "celeste olímpica".
Esse glorioso passado uruguaio, acredito, prejudica o presente. História não ganha jogo e os nossos visinhos precisam pensar em fortalecer sua equipe. Depois que ganhou a Copa de 50 o Uruguai nunca mais voltou a ser campeão do mundo enquanto o Brasil chegou ao penta.
O mais importante é que o velho fato não afeta mais os jogadores, nem a torcida do Brasil. Ele causa o chamado "efeito contrário" nos uruguaios que continuam cada vez mais distantes do bom futebol do passado.