J.Mateus

Hora de superação

31 dez 1969 às 21:33

O Londrina chega à rodada decisiva do Campeonato vivendo um verdadeiro inferno astral. Não bastassem as próprias limitações técnicas do time que está nessa situação por não saber ganhar em casa, agora explode o problema dos salários atrasados. A cobrança feita pelos jogadores é natural, afinal quem trabalha precisa receber e não há nada pior para o trabalhador do que não ter seus pagamentos em dia.

Outro motivo da pressão dos jogadores contra a direção do clube é que eles perceberam que a hora mais apropriada para tal é antes do jogo com o Coritiba. Como a possibilidade maior (provocada pelos números do certame) é a de cair para a segunda divisão, os atletas sabem que depois do fato consumado tudo será mais difícil. Defendo essa ação dos jogadores. Entendo que ninguém pode viver sem salários. Eles têm mesmo que pressionar o presidente e a diretoria, mas na hora do jogo, independente dos salários recebidos ou não, eles terão que mostrar garra e disposição, pois além da vida do clube, estará em jogo a situação profissional de cada um. Os jogadores do Londrina, na pior das hipóteses, terão que buscar um final honroso de participação no Campeonato Paranaense. Esse é o verdadeiro jogo da superação. Os comandados de Itamar Bernardes terão que estar focados somente nele. É buscar a vitória a todo custo e esperar pelos outros resultados, se serão favoráveis ou não. A volta de Ricardo

O atacante Ricardo deve voltar, depois de sete rodadas fora do time por causa de contusão. Para uns, ele ainda está apto ao retorno. Para outros, ele está pronto e se constitui na esperança de gols do grupo. Uma coisa é certa: não se pode jogar em cima dele a responsabilidade de gols e vitória. Sem ritmo de jogo, Ricardo pode não brilhar como antes.


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