A nossa equipe de vôlei não passa da primeira fase da Superliga Masculina. A derrota de ontem para o SESI representou o fim do sonho de participar da fase final. Apesar do esforço dos dirigentes e do apoio da torcida, faltou um pouco mais de estrutura e maturidade para que o objetivo fosse alcançado.
O time mostrou um bom treinador, alguns bons jogadores, dirigentes esforçados, mas problemas financeiros atrapalharam. E essa falta do dinheiro suficiente deve provocar agora um verdadeiro pesadelo. O diretor Luís Macagnan sempre destacou na imprensa que faltava cerca de R$. 400 mil para que o clube pudesse arcar com todas as suas despesas até o final do ano e a desclassificação dificulta ainda mais a conquista desse montante. Depois do jogo de amanhã (o último, contra o Pinheiros) Macagnan e seus companheiros de diretoria (que são poucos) vão ter que correr com promoções para ter condições de cumprir os pagamentos, principalmente de salários. E se não conseguir seus objetivos, poderemos ver mais uma tentativa de se fazer esporte competição na cidade ser truncada ou ter um triste fim. E realmente não é fácil fazer esse tipo de esporte em Londrina. O comércio e a indústria são insensíveis nessa modalidade de investimento; a Fundação de Esportes, comandada por homens de gabinete, não tem aptidão para ajudar na venda do esporte à iniciativa privada; e os dirigentes (esforçados e sonhadores) são poucos e sem a condição de bancar tudo sozinhos.
Assim foi com o basquete, está acontecendo com o vôlei e pode se repetir com o futebol de salão (toc, toc, toc, batí na madeira) que ontem iniciou sua caminhada na Liga Nacional. A única modalidade que mostra resistência, que tem sobrevivido com sucesso na cidade, é o handebol da Unopar. Pena que é um esporte que, apesar de todo o sucesso alcançado, ainda não se tornou popular e raramente consegue grandes platéias.