O Brasileiro da Série D começa neste final de semana e, de início, a participação do Londrina será uma verdadeira "briga no escuro". Ninguém conhece ninguém.
O LEC pegará o Naviraiense, no Café, um ilustre desconhecido que vem pela primeira vez por essas bandas. Mesmo tendo Itamar Bernardes como treinador, o time sul mato-grossense chega com um grupo de jogadores desconhecidos. Poucos já jogaram no futebol paranaense. Se o time de Naviraí é desconhecido para o Londrina o mesmo acontece com o Tubarão perante o seu adversário. Itamar Bernardes é londrinense, mas não conhece o time montado por Gilberto Pereira. E, em ritmo de "muito prazer em conhecê-lo" os dois partem para a estréia que se torna uma verdadeira incógnita. É muito difícil dar um palpite sobre quem fica com o favoritismo. O Londrina entra com o trunfo de jogar em casa. O Naviraiense com a vantagem de estar jogando, decidindo o campeonato do seu Estado, melhor entrosado, portanto. Para o LEC a receita é muita garra e disposição. Sem ter feito nenhum amistoso antes do campeonato, Gilberto Pereira ainda não conhece a reação do seu grupo num jogo oficial. A participação da torcida será fundamental. Sendo ela o 12º jogador, o time estará reforçado e em melhores condições para conquistar a vitória. Num torneio curto como esse, ganhar em casa será fundamental. Um tropeço na largada poderá ser fatal. Destino caprichoso O meio de semana foi trágico para o futebol gaúcho e quis o destino que Internacional e Grêmio frustrassem suas torcidas do mesmo jeito, com o mesmo placar. Na quarta-feira foi o Inter que não conseguiu reverter a situação contra o Corinthians e perdeu a Copa do Brasil. Vinte e quatro horas depois foi o Grêmio que só empatou com o Cruzeiro e ficou fora da decisão da Libertadores. Os dois precisavam vencer por três gols de diferença e começaram perdendo no primeiro tempo por dois a zero. As reações vieram, mas ficaram apenas no empate de dois a dois, resultado insuficiente para que as metas fossem atingidas. Assim a dupla Gre-nal fracassa em disputas de muitos pontos comuns. Ninguém poderá "tirar sarro" em ninguém. Os dois morreram abraçados. Além dos resultados, os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul mostram outras coincidências. Uma delas é estarem cheios de argentinos, tidos como valentes guerreiros e brigões(até demais). Se sobrou argentino nos dois lados, faltou técnica, faltou futebol. Corinthians e Cruzeiro (com a letra "C" no começo do nome, em outra coincidência) fizeram suas festas e deixaram a gauchada em dúvida se a receita de vida atual é a correta. Mais decepcionantes que a derrocada dos pampas foram as manifestações de racismo de alguns torcedores do Grêmio contra Eli Carlos, do Cruzeiro. Ato deplorável, que jamais será justificado. Lula e o Timão O Presidente Lula não se conteve. Seu coração corintiano falou mais alto e ele chamou os campões da Copa do Brasil à Brasília. Foi uma reação só de torcedor e que valorizou a conquista corintiana.
Para uns, o presidente exagerou na sua paixão. Para outros, foi uma reação normal. Fico com a segunda opção, pois num país onde o futebol mexe com o coração de todos, o Presidente da República tem todo direito de também expressar o seu amor.