Numa entrevista dada do companheiro Lúcio Flávio, o presidente Peter Silva falou do Londrina pós queda para a Segundona. E mais uma vez ele mostrou uma serenidade incomum e inacreditável. Parecia que nada de grave tinha acontecido. Parecia que o time estava entre os oito que vão disputar o título. Conversa superficial, de conformismo e com uma inaceitável justificativa: "o nosso projeto maior está no segundo semestre, no Brasileiro D". Que projeto é esse, presidente, que custa o rebaixamento no Estado? Como pensar assim, com tanta tranqüilidade, depois de um dos maiores fracassos da história do clube?
O presidente precisa cair na real. O Londrina não tem mais nada. A tão sonhada série D pode ser um presente de grego. Pode se limitar numa disputa de um mês e meio para o clube, se a estruturação não melhorar. E se a cada ano vem piorando, quem acredita em melhora? O otimismo de Peter Silva não convence mais o torcedor. Ninguém mais acredita no seu sucesso. E com todos os seus irrealizáveis planos mirabolantes, o presidente do Londrina está enganando a si próprio. Quando será que a ficha vai cair? Folga e promessa de pagamento Os jogadores ganharam uma semana de folga com a promessa de que os salários serão acertados na volta. Agora, no começo de abril, se completará dois meses de pagamentos vencidos e não pagos. A situação dos funcionários e das categorias de base (onde se paga ajuda de custa) é mais grave. O atraso no pagamento é maior. A pergunta feita por quem acompanha a vida do clube mais de perto é: onde Peter arrumará dinheiro para o pagamento? A sede campestre A presidência do Londrina tenta, na justiça, a liberação da penhora da sede campestre para que parte dela seja negociada com uma construtora, em troca da recuperação da sua estrutura social. O patrimônio é a garantida dada pelo clube no acordo feito com a Justiça do Trabalho. É a garantia dos credores que, certamente, não vai aceitar esse tipo de liberação. Entendo que o clube não será feliz nesse pedido, pois para a liberação de um bem penhorado é preciso a substituição por outro. E o LEC não tem outro bem material. A eleição Respondendo ao amigo Lula, de Arapongas, numa recente reunião da diretoria do Londrina com os candidatos à Prefeitura de Londrina, os dois se comprometeram em ajudar o Tubarão. Uma promessa cujo cumprimento só saberemos se ocorrerá quando a escolha do prefeito for definida. Os dois demonstram gostar de futebol e do Londrina e o vencedor poderá ajudar mesmo, aproximando o clube de algumas empresas e conquistando delas o apoio financeiro necessário. Dinheiro direto, todo mundo sabe que a Prefeitura não vai dar. E nem pode.
A propósito da eleição, se o candidato vencedor cumprir todas as promessas feitas na campanha, Londrina se transformará na melhor cidade do mundo. Barbosa e Hauly exageram em propostas impossíveis e irrealizáveis. Educação, saúde e segurança de primeiro mundo para o município. Pena que isso só seja possível nos papos dos comícios e do horário eleitoral.