O MANIFESTO DA PAZ
O mundo grita
Aclama solidariedade
Em um movimento perpetuo
Busca a união
A desqualificação de nomenclaturas
A quebra de barreiras
A desmistificação de fronteiras
É chegada a hora de resolver diferenças
Somar qualidades
Subtrair insanidades
Para entender a sanidade
Restaurar o velho
Para restabelecer o novo
Trabalhar o cooperativismo
Deixar de fazer arranjos
Afinal, não somos somente estatísticas
Somos estáticos
Capazes de realizar o que para muitos são devaneios
Juntos mudaremos o significado de utopia
Chegou o tempo anunciado pelo profeta
Não podemos nos resumir a dizeres
É necessário agir
Lutar com o cerne
Interagir com a compaixão
Presente na psique
Paz não é um pássaro
Que voa despreocupado pela imensidão azul
E observa com delicadeza as sublimes atitudes
Também não é reagir contra o malefício
Contra atacar o tiro que sai do fuzil com uma belíssima sentença
Às vezes palavras são inúteis, é necessário uma integração composta de ações
Engana-se quem vê no branco o poderio de transmutação, uma cor inexpressiva não pode carregar o fardo da humanidade
Convenhamos, paz é complexabilidade
É a união de fatores que compõem o todo
E gera sensibilidade
Sensibilidade que há muito não é sentida
Pelo mundo que anseia
Um terno momento de reflexão
Redimir para igualar-se
Encaixar-se perante a potestade
Recuperar a excitabilidade
Para atenuar-se
Redescobrir a consciência
Querer encontrar-se
Para tornar-se paz.
Michelle Zanin -
Escritora e Jornalista
Contato: michelleescritora@yahoo.com.br
Michele Zanin presidente ALB/Araraquara.