Falando de Literatura

Literatura: entrevista com Wanderlino Teixeira

12 mai 2010 às 11:08

Wanderlino Teixeira é contista, cronista, ensaísta, biógrafo. Tem 19 livros editados e pertence aos quadros da Academia Niteiroiense de Letras e do Instituto Histórico Geográfico de Niterói.
Concedeu essa entrevista para falar de poesia.

1) Quando começou a escrever poesia?
R) Meu primeiro livro de poemas (Chegança) data de 1977, mas bem antes já me dedicava a escrevê-los e a engavetá-los.


2) Para você existe diferença entre poesia e poema?
R) Entendo a poesia como algo mais abrangente. Assim como existe a prosa, há a poesia. Se na primeira temos as crônicas, os romances, os contos, os ensaios, as biografias, na segunda abrigam-se os poemas, com seus ritmos, suas metáforas e, não necessariamente, a métrica, podendo-se até dispensar a rima.


3) Ao escrever escolhe um assunto ou permite que sua inspiração o leve por novos caminhos?
R) Na verdade, não há novos caminhos. Na elaboração de um poema, compete ao poeta buscar atalhos.


4) Na sua opinião qual é seu melhor poema?
R) O meu melhor poema é todo aquele que consegue tocar a sensibilidade do leitor. Sendo assim, cabe a ele responder...


5) Você é da Academia Niteroiense de Letras, ou seja, já percorreu um longo caminho no mundo da literatura: que conselhos gostaria de dar para os novos poetas?...
R) Diria que devam estar atentos ao que os rodeia, não se fiem apenas na inspiração. Escrever é trabalho de carpintaria.


Na continuação, um poema de Wanderlino Teixeira Leite Netto:

DUBIEDADE
Ora um bulício de mim se apossa,
ora se instala uma paz insossa.
Quando em vez a inquietude,
vez em quando a indolência,
uma insinuante, outra silente.
Indubitavelmente, ando adubando o dúbio.


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