Muitas pessoas ficaram chocadas. Chocadas mesmo, ao ser noticiado pela imprensa o comentário de Casoy: "Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho".
Esse triste fato me fez lembrar o acontecido com uma amiga que foi para Índia. Ela queria visitar os mosteiros e quando se aproximou de um, viu que alguns indianos faziam respeitosas reverências a um homem idoso que estava na porta. Ela imaginou que seria um mestre e também fez algumas reverências.
Subiu os degraus e ao entrar, um monge a cumprimentou em inglês e minha amiga perguntou quem era esse mestre que estava na porta. O monge sorriu.
- Ele é o porteiro.
Confusa, minha amiga, perguntou.
- E por que fazem tantas reverências para um porteiro?
O monge, com um suave sorriso, respondeu: Como eles poderiam entrar no templo se não houvesse um porteiro que abrisse a porta e protegesse o lugar? Com chuva ou com sol, o porteiro está sempre lá. Ele merece respeito pelo seu trabalho.
Pena que o Boris Casoy nunca falou com esse monge!...Penso que o monge diria mais ou menos isto: Imagine, Boris, como seriam as cidades se não existissem garis? Os lixeiros merecem respeito pelo trabalho que realizam.
Mais triste ainda é a desculpa do jornalista: "Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados". Ou seja, ele não está disposto a mudar sua opinião, só lamenta ter "vazado" sua opinião. O povo se pergunta: Isso é uma vergonha???!!!