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Empreendedor do Vale do Silício responde duvidas sobre negócios.

19 nov 2014 às 21:17

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- Daniel Dalarossa
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Empreendedor do Vale do Silício responde duvidas sobre negócios.

Daniel Dalarossa é uma autoridade mundial quando se pensa em startups e negócios globais na área de Tecnologia da Informação (TI), foi o primeiro brasileiro a criar uma startup no Vale do Silício, na Califórnia, no início da década de 1990. A Cyclades Corporation, fabricante de componentes eletrônicos, criada por ele e seu sócio, John Lima, nasceu na sua garagem na Vila Olímpia, em São Paulo de onde cresceu e foi para os Estados Unidos.

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A Cyclades foi a primeira empresa brasileira criada na área da tecnologia da informação que conseguiu crescer mundialmente, se tornando líder de seu segmento, o mercado de gerenciamento de infraestrutura de rede "Out of Band". Em 1991, a empresa foi transferida para o Vale do Silício, nos Estados Unidos. Com 16 filiais pelo mundo e mais de oito mil clientes, dentre os quais 85% das empresas FORTUNE 100, a Cyclades foi vendida em 2006.

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Após a venda da empresa, por US$ 90 milhões, Dalarossa tornou-se um Empreendedor social e fundou a Cuore Foundation, nos Estados Unidos, e o Instituto Cuore, no Brasil, uma organização sem fins lucrativos localizada no bairro de Campo Limpo, São Paulo.

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A ONG promove o desenvolvimento da autoestima da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade social. Toda receita obtida com os cursos será destinada ao Instituto Cuore do Brasil.


Dalarossa também se tornou um empreendedor musical fundando a Choro Music, que promove a música instrumental brasileira no mundo.

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Daniel Dalarossa é natural de São Paulo e formado em Ciências de Computação pela Universidade de São Paulo (USP). Dedicou os oito primeiros anos de sua vida profissional como projetista de software pelas empresas FIPE (USP), VASP, Assesso Engenharia e Digirede Informática, especializando-se em protocolos e sistemas de comunicação de dados.


Entrevistei Daniel Dalarossa, que deu algumas dicas para Startups que sonham em um dia ir para a Califórnia.

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Quais são os principais erros dos brasileiros no Vale do Silício?


"Fica difícil falar pelos outros, porque não acompanhei um número suficiente de brasileiros
aqui para traçar um perfil ou fazer uma análise.

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Posso falar por mim e pelo John, meu ex-sócio. Eu apontaria os seguintes erros que cometemos, que na verdade tem a ver com nossa cultura de brasileiros:


- achar que clientes americanos são como os brasileiros

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Os clientes americanos são extremamente exigentes, porque para qualquer tipo problema as
soluções no mercado abundam.


Então se seu produto tem uma complicação a mais na instalação, uma pequena nuância
no funcionamento (não estou falando de bug !), uma interface do usuário um pouco menos
amigável, etc., etc., etc., ... prepare-se para ouvir "I want a refund" (cliente pede para devolver
o produto e quer dinheiro de volta).

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Mesmo para produtos e soluções consideradas estáveis no Brasil é preciso tratar o mercado
aqui como se você estivesse começando tudo de novo ...


- Tentar seguir modelos estabelecidos


Por anos tentamos seguir o modelo estabelecido que só se vende através de um canal de vendas (distribuidores, revendas, etc.) até descobrir que para nós, pequenos, era muito mais efetivo vender direto. Nós patinamos aqui pelo menos 2 anos tentando seguir esse modelo até que, por mérito do John (que estava aqui no começo), mudamos o modelo para venda direta ao usuário final (enquanto eu era feliz no Brasil vendendo pelo canal, modelo que tinha dado certo lá)."


Qual a diferença do Vale quando você chegou e o Vale de hoje?


"Embora os conceitos de investidor-anjo e VCs já existissem quando chegamos aqui
em 1991, o volume de dinheiro disponível e as facilidades hoje em dia são muito
maiores.


Outra diferença que vejo é a quantidade de startups dedicadas à produção de apps,
quase nenhuma com foco em hardware. Na nossa época hardware estava em alta, hoje
está comoditizado."


Qual a importância da Stanford University no Vale?


"Stanford é considerada junto com Shockley Semicondutores, Fairchild Semicondutores e HP como os pioneiros no estabelecimento do que se veio a se chamar Vale do Silício na década de
60. Como 4a ou 5a melhor universidade americana (depende do ranking que você pesquisa)
continua a produzir pesquisa de primeira linha e gerar empreendedores que transformam
a realidade mundial."


Qual a importância do sentimento de solidariedade na ascensão do Vale do Silício?


"Eu não diria que sentimento de solidariedade é uma razão do sucesso do Vale. O motivo
principal continua sendo inovação e criatividade e a cultura daqui que fomenta isso.


O sentimento de solidariedade e voluntariado faz parte da cultura americana em geral,
e não poderia ser diferente aqui, mas eu não colocaria como sendo de muita relevância
com fator de ascensão."


Quando e a hora do empreendedor pensar em ter um plano de saída?


"Não existe um plano universal para isso. É algo de foro individual e também de oportunidades
que aparecem.


Quando eu tinha 20 anos de idade dizia que jamais iria me casar. Acabei me casando 3 anos depois.


Quando estávamos no na terceira fase da empresa, crescendo mundialmente, nem passava pela
minha cabeça ou pela cabeça do John em vender a Cyclades. A oportunidade veio um dia e aceitamos.


Mas acho importante o empreendedor ter os conceitos de saída estratégica na cabeça muito bem entendidos."


Qual o segredo de uma startup de sucesso?


"Depende do que você define como sucesso ... Eu observei estes anos todos que para construir uma empresa que fature US$10 milhões por ano, basta ter muita paixão pelo que faz, estar comprometido com seus planos, ser resiliente ... e você chega lá ... mesmo com "produto fraco" ou fazendo imitação (foi o que fizemos nas duas primeiras fases da Cyclades, em aproximadamente 10 anos).


Agora ... para você vender US$100 milhões ou mais ... você precisa acertar no produto, você precisa gerar soluções de grande valor ao mercado. Valor, valor, valor ... esse é o segredo ..."


Ousadia, iniciativa ou planejamento? Qual o tempero ideal?


Planejamento, elaboração, análises ... são ótimas e precisam existir ... te levam a um certo patamar ...mas vêm do ego e estão sujeitas a erros.


Ousadia, iniciativa e intuição te dão o diferencial.


Como um empreendedor pode evoluir?


Desenvolvendo sensibilidade para ouvir seus co-criadores (esposa/o, sócios, investidores, colaboradores, clientes ...)


Daniel Dalarossa será um dos grandes nomes do TI que marcarão presença no ECO.TI 2014 em Londrina. Aproveite essa oportunidade ímpar!


ECO.TI 2014 vem com muitas novidades nos dias 25, 26 e 27 de Novembro.
Mais Informações: www.ecoti.net



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Vera Moraes
Designer e Jornalista
www.enterx.com.br


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