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Cyberbullying afeta 40% dos adultos.

23 out 2014 às 18:56

Cyberbullying afeta 40% dos adultos.

Nos últimos dias experimentei na pele em meu blog esta epidemia digital conhecida como Cyberbullying, que só tinha visto acontecer com outras pessoas em perfis de redes sociais, e que vem se alastrando assustadoramente na internet conhecido também como assedio online ou trollagem.


Cyberbullying pode ser definido como um tipo de violência contra uma pessoa praticada através da internet ou de outras tecnologias relacionadas.


Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para intimidar e hostilizar uma pessoa (conhecida ou desconhecida), difamando, insultando ou atacando covardemente de forma gratuita.


Não sei se pela falsa sensação de distancia geográfica, ou pela facilidade em se criar perfis falsos ou anônimos, o que fez aumentar muito esta pratica de agressividade online.


Sempre ouvimos dizer que estes abusos aconteciam somente entre crianças e adolescentes, mas este comportamento ultrapassou a barreira de idade e já esta disseminado por toda a internet.


Por que o cyberbullying é diferente ao assédio tradicional? Porque humilhações, ameaças e provocações cruéis podem ser vistos por milhões de pessoas e pode ser muito mais devastador emocionalmente.


Nas ultimas semanas o abuso on-line dirigido a mulheres na indústria do jogos de videogame mostrou como o assédio pode crescer rapidamente em um movimento muito mais amplo e tomar proporções de ameaças de morte. O caso do conhecido ataque dirigido a Anita Sarkeesian e outras mulheres veio após elas terem desafiado os estereótipos das mulheres em jogos e outras convenções do meio.


Cerca de 40% dos adultos são vítimas de assédio on-line, de acordo com um estudo realizado nos Estado Unidos pelo Projeto Pew Internet Research US.


Os casos de perseguição variaram de leves (como insultos) a assédios e ameaças físicas, o assédio é uma parte comum da vida on-line, para muitos, diz a pesquisa.


Enquanto os homens são mais propensos a sofrer xingamentos, as mulheres são mais vulneráveis ao assédio sexual e perseguição.


O relatório surge em meio a um aumento do abusos nas mídias sociais destinadas às mulheres na indústria de jogos de vídeo game.


O relatório constatou que 73% dos usuários de internet adultos americanos tinham testemunhado o assédio online que vinham desde um simples constrangimento a testemunhar alguém sendo perseguido online.


Constatou-se que os adultos jovens, com idades entre 18-29 são mais propensos a sofrer assédio on-line, com 65% dos usuários de internet nessa faixa etária .


A grande maioria de assédio ocorreu em sites de redes sociais, de acordo com a pesquisa.


O relatório analisou seis tipos de abuso:


•Xingamentos ofensivo
•As tentativas de constranger propositadamente
•Assédio por um período sustentado de tempo
•Ameaças on-line para prejudicar fisicamente
•Perseguição online
•Assédio sexual


Daqueles que, pessoalmente, tinham sido assediados online, a maioria optou por ignorá-lo.
As mulheres jovens são particularmente vulneráveis ao assédio sexual e perseguição on-line.


A pesquisa também descobriu que as plataformas de jogos eram vistos como os menos acolhedoras para as mulheres, com 44% das pessoas dizendo que esses fóruns foram mais voltado para os homens.


No mês passado, mais de 2.000 pessoas assinaram uma carta aberta pedindo o fim de "ódio e discurso ofensivo" no Twitter e outras mídias sociais.


Resumo dos resultados da pesquisa:


Assédio online é uma parte comum da vida online na experiência de muitos usuários da web. No total 73% dos internautas adultos já viram alguém ser assediado de alguma forma on-line e 40% experimentaram este assedio pessoalmente, de acordo com uma nova pesquisa realizada pelo Pew Research Center.


Segundo a pesquisa, aqueles que testemunharam o assédio disseram ter visto pelo menos uma das seguintes situações ocorrer com os outros on-line:


•60% dos internautas disseram ter presenciado alguém ser chamado de nomes ofensivos
•53% tinham visto os esforços para constranger alguém propositalmente
•25% tinha visto alguém ser ameaçado fisicamente
•24% presenciaram alguém sendo assediado por um período sustentado de tempo
•19% disseram que presenciou alguém sendo assediado sexualmente
•18% disseram ter visto alguém ser perseguido


Aqueles que têm pessoalmente sofrido assédio on-line disse que eles eram o alvo de pelo menos um dos seguintes procedimentos on-line:


•27% dos usuários de internet foram chamados nomes ofensivos
•22% tiveram alguém tentar constrangê-los propositalmente
•8% foram ameaçados fisicamente
•8% foram perseguidos
•7% foram assediados por um período prolongado
•6% foram assediadas sexualmente


Onde ocorre o assédio: o assédio online aparece mais em alguns ambientes online do que em outros. Perguntado na pesquisa onde a sua experiência recente ocorreu:


•66% dos usuários de internet que sofreram assédio online disse que sua mais recente incidente ocorreu em um site de rede social ou aplicativo
•22% mencionaram a seção de comentários de um site
•16% disseram que jogos on-line
•16% disse em uma conta de e-mail pessoal
•10% mencionaram um site de discussão como o reddit
•6% disseram em um site de namoro on-line ou aplicativo


Estes comportamentos são inadmissíveis na internet, as pessoas tem o direito de expressar sua opinião, mas seu direito não pode ultrapassar limite de outro ser humano.


As pessoas esquecem que existe outro ser humano do outro lado e que alguns atos podem ser devastadores.


Temos que nos impor e ser contra a qualquer manifestação de ódio ou agressividade gratuita na internet. Hoje somos nós, amanha poderão ser nossos filhos e pessoas queridas.


O cyberbullying é uma questão muito séria e só podem ser enfrentados com a conscientização das crianças, adolescentes e adultos. Precisamos lidar com o mau trato online de indivíduos para garantir um ambiente seguro para as nossas crianças e pessoas queridas online e no mundo real.


É comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador.


O espectador nem sempre é reconhecido como personagem atuante em uma agressão, mas é fundamental para a disseminação do conflito.


Muitas vezes o espectador típico é uma testemunha dos fatos que nunca sai em defesa da vítima nem se junta aos agressores. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques.


Há também os espectadores que atuam como uma plateia ativa, um tipo de torcida, reforçando a agressão, achando engraçado ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas, tornando-se coautores ou corresponsáveis.


Você já sofreu algum tipo de assedio online ou viu alguém sofrer? Como foi resolvido o caso? Comente abaixo.


Hoje em dia alguns destes comportamentos mais graves podem ser responsabilizados civilmente e criminalmente. Existe algumas delegacias de crimes virtuais e vários advogados especialistas nestes comportamentos.


A agressão pode ser virtual mas o estrago e real.


No Paraná temos a delegacia:
Polícia Civil - Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber)
Endereço: Rua José Loureiro, 376, 1º Andar, sala 1, Centro, Curitiba- Paraná
CEP: 80010-000
Telefone: (0xx41) 3323 9448
E-mail: cibercrimes@pc.pr.gov.br

O resumo da pesquisa do Pew pode ser visto AQUI

Vera Moraes
Designer e Jornalista
www.enterx.com.br


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