Cuidado: Redes Sociais estão sendo usadas para investigar sua vida.
Hoje em dia todas as pessoas têm pelo menos um perfil nas principais redes sociais.
O tempo médio gasto no Facebook entre os brasileiros aumentou 208% no último ano, chegando a 12 horas por mês.
Enquanto você lê isso, tem também uma aba do Facebook aberta no seu navegador. Acertei?
Junto com estes dados cresce também informações pessoais compartilhadas entre amigos nas redes sociais, que por conta disso vêm sendo cada vez mais usadas por um número maior pessoas físicas, instituições, órgãos públicos e empresas para construir um perfil da sua vida, além do histórico para inúmeros usos, na falta de uma lei que regulamente o uso dessas informações por terceiros.
Quem esta te investigando?
Instituições Financeiras:
Em busca de elementos que revelem algo do estilo de vida e do comportamento de um cliente que solicita empréstimo estas empresas de credito usam as redes sociais (Facebook, LinkedIn, Instagram, etc.) para verificar as informações públicas a respeito de um possível cliente.
Imagine que você poste nas redes sociais algum comentário que revele que você esta sem dinheiro este mês, ou que sua mulher ficou grávida e você vai aumentar seus gastos. Pode ser um bom motivo para que a financiadora negue sua proposta com base em que seus gastos irão aumentar ou que você poderá estar sem condições de honrar sua divida futura.
Empresas de Cobrança:
Usam as mídias sociais para rastrear a localização de uma pessoa ou para rastrear um bem daquela pessoa que esta com busca e apreensão.
Podem usar também seus dados em redes sociais para fazer parte de processos de execução de cobrança, mostrando o estilo de vida da pessoa.
Escritórios de Advocacia:
Não e de hoje que advogados usam as mídias sociais para rastrear bens e pessoas. Imagine aquele pai que não paga pensão a seus filhos alegando que não tem dinheiro e posta no Facebook ou Instagram a foto da BMW nova que acabou de comprar ou a viagem para o exterior que acabou de fazer.
Informações em redes sociais estão sendo monitoradas por empregadores e advogados para serem usadas em processos trabalhistas.
Com a aceitação pela Justiça do Trabalho de provas extraídas de redes sociais, advogados têm recomendado aos seus clientes um acompanhamento das páginas de seus funcionários para a coleta de provas, que poderão ser usadas em eventuais ações judiciais.
Empresas de Recursos Humanos:
As empresas de recursos humanos e também os headhunters adotaram as redes sociais para contratarem executivos.
A maioria das pessoas mantêm seus currículos sempre atualizados no LinkedIn e isso dá uma vantagem ao site em relação aos bancos de currículos das empresas e consultorias.
Além de recrutamento o LinkedIn é usado também para checarem dados dos candidatos a uma determinada vaga de emprego.
A principal área de preocupação, mencionada pela maioria dos recrutadores como fator de rejeição, é a divulgação de informações sobre o uso de drogas ou bebidas alcoólicas.
A segunda principal preocupação dos recrutadores envolvia candidatos que exibiam fotografias ou informações inapropriadas em seus perfis.
Também é fonte de desclassificação a capacidade de comunicação, mentir sobre qualificações, declarações discriminatórias em termos de raça, religião ou sexo e uso de apelidos pouco profissionais.
Judiciário:
A prática também é adotada por juízes nos processos, quando a causa tem por objeto o pedido de assistência judiciária.
Pelo artigo 801 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), um juiz pode recusar uma testemunha que tenha inimizade pessoal, amizade íntima ou parentesco com uma das partes ou interesse particular na causa. Juizes do trabalho que consideram as redes sociais um meio eficaz para a produção de provas.
Policia:
Policia militar e civil e outras agências federais estão se infiltrando nas redes sociais com perfis falsos que visam juntar informações sobre suspeitos, simplesmente observando-os ou até mesmo se aproximando dos mesmos como "amigos" virtuais em buscas de informações que colaborem com as investigações.
Os agentes têm usado o Facebook pra determinar o paradeiro de fugitivos, ou checar álibis comparando as histórias que os suspeitos contam para as autoridades com o que eles escreveram no Twitter no período relatado.
Criminosos:
Criminosos: Criminosos também usam redes sociais para monitorar bens e informações que comprovem se você esta viajando, horários e hábitos para poder cometer crimes.
Pode até parecer neurose ou excesso de segurança, mas cuidados simples podem evitar que imagens crianças caiam em mãos erradas, facilitando a prática de crimes como pedofilia, sequestro, roubo e bullying.
Você sabia que fotos da criança nua, no banho ou de fraldas: Podem ser facilmente usado em sites de pedofilia, que chegam a pagar mais de R$ 1.000 para fotos e crianças nuas.
Órgãos Federais:
A LexisNexis uma empresa nos Estados unidos, tem um produto chamado Accurint for Law Enforcement que dá aos agentes do governo de lá informações sobre o que as pessoas fazem nas redes sociais. O serviço da Receita Federal dos Estados Unidos procura, no Facebook e no MySpace, provas de sonegação do imposto de renda, assim como a localização do sonegador.
Os serviços de imigração norte-americanos (United States Citizenship and Immigration Services) são conhecidos por examinarem minuciosamente fotos e posts para confirmar relações familiares ou desfazer falsos casamentos.
Organizações:
Exemplo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que informou que está investigando e identificando os candidatos que postaram fotos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em redes sociais, minutos antes do início da prova. As fotos postadas foram tiradas dentro da sala e mostram a folha de resposta.
Pessoas físicas:
Você alguma vez já bisbilhotou a vida do seu namorado (a) ou esposo (a) na internet? Checou o a caixa de email escondido, pegou a senha do celular ou acompanhou minuciosamente seus hábitos nas redes sociais? Pois saiba que existe um grande numero de pessoas iguais com você por aí, viu?
Aplicativos:
Alguns aplicativos instalados em redes sociais pegam informações pessoais de sua conta, como telefone, nome, email, quem são seus amigos, etc.
Exemplo do que aconteceu com o aplicativo "Lulu" que exportou para o aplicativo todos os homens que estavam na lista de amigos das mulheres que se cadastraram no aplicativo, captando fotos, dados de nome, idade, etc, que eram expostas publicamente no aplicativo.
A sensação de estar sendo observado não e nada agradável. Mas podemos tomar algumas providências para minimizar sua privacidade.
Algumas dicas:
Não se exponha: Evite postar imagem, vídeo ou comentários que podem não ser vistos com bons olhos, como exemplos: situações constrangedoras, imagens de uso de álcool, imagens sensuais, comentários racista e preconceituosos.
Cuidado ao postar informações pessoais como documentos, extratos bancários, hábitos pessoais e informações que possam ser usadas contra você.
Use as regras de privacidade das redes sociais. O Facebook, por exemplo, tem uma ferramenta onde você coloca a pessoa que não pode recusar como amigo (como alguém da empresa, cliente ou parceiro amoroso) como "restrito". A pessoa que e colocada nesta condição só consegue ver na sua linha do tempo o que você colocar como público, ou seja, ela e sua amiga na rede social, mas não consegue ver informações privadas.
Evite fotos de seu filho com logos da escola, numero da casa ao fundo,um ponto de referência qualquer que dê pistas de onde a criança mora. Com o Google Maps, é possível encontrar qualquer endereço. Preste bem atenção ao fundo das imagens antes de postá-las.
Desabilite a função de horário e local do Facebook e Instagram esta funções nas configurações do dispositivo, assim criminosos terão mais trabalho em saber onde está sua família neste momento.
Cuidado com Hashtags que tornam suas publicações em redes sociais como Facebook e Instagram visíveis para qualquer pessoa desconhecida. Evite postar hashtags como: #partiupraia, #Atéqueenfimaviagem.
Ajuste as configurações de privacidade para que apenas seus amigos vejam suas fotos. Se quiser ser ainda mais específico, agrupe seus amigos em listas e compartilhe as fotos apenas com as listas em que você confia.
Em tempos de internet e mídias sociais, onde notícias e imagens circulam na velocidade da luz fica claro que é importante gerenciar a reputação pessoal e profissional na rede.
Esta apavorado com a matéria?Já teve uma experiência negativa com redes sociais? O que você faz para se proteger?Conte pra gente abaixo sua historia.
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Fonte:
Estadão
Jornal Valor Econômico
Tnh1
Tecnoblog
Globo.com
Uol
Corporate Canaltech
Nahorarn
Antunes Advocacia
Folha de São Paulo
Vera Moraes
www.enterx.com.br