Canadenses criam o bafômetro de maconha.
Essa noticia vai deixar muita gente preocupada, inclusive os amigos do Bob Marley.
A Polícia Militar de São Paulo já usa uma espécie de bafômetro que detecta, pela saliva, se alguém consumiu e está sob o efeito de qualquer destas drogas.
Se o resultado for positivo para maconha ou cocaína, entra a regra da tolerância zero que é aplicada nos casos de uso de álcool. O motorista será preso e autuado em flagrante, além de receber a multa de quase R$ 2 mil e perda da habilitação.
Até agora as autoridades dependiam de exames de sangue urina ou saliva para determinar se o sujeito havia consumido a erva do capeta, mas esses resultados não eram considerados em juízo. Não dava para saber se a erva do diabo havia sido usada algumas horas ou mesmo dias antes.
Assim como o Lepo Lepo, que se apodera do nosso corpo e demora para sair, os sujeitos emaconhados tem este mesmo efeito.
Agora a brincadeira ficou mais severa, uma nova ferramenta para ajudar na luta de proibir pessoas de dirigir sob a influência de drogas.
Ladner Kal Malhi, um oficial aposentado, desenvolveu um bafômetro que pode detectar o uso da maconha através da respiração.
Malhi teve a ideia para o "Cannabix bafômetro" ao fazer uma viagem de família para a Índia no ano passado. Enquanto espera no aeroporto, ele se deparou em uma revista com um estudo da Suécia sobre tecnologia de testes respiração desenvolvida na Universidade de Karolinska, em Solna.
O uso da maconha só pode atualmente ser testado através de coleta de amostras de sangue, urina ou saliva, e a polícia não tem como determinar positivamente na estrada se um motorista está sob a influência de drogas.
Com sua vasta experiência de policiamento, que incluiu vários anos com um esquadrão antidrogas, Malhi se inspirou para usar os resultados do estudo sueco para dar a polícia uma ferramenta, semelhante a um teste de álcool na estrada portátil, para testar o uso da maconha.
Malhi levou sua ideia e se juntou com dois médicos para tentar torná-lo uma realidade.
Baseado Vancouver Dr. Raj Attariwala é o diretor de tecnologia no projeto. Ele é um radiologista e medico nuclear com formação em engenharia biomédica. Ele tem trabalhado na colaboração com a tecnologia de testes de respiração desenvolvida pelo Instituto Karolinska e têm várias outras patentes de dispositivos médicos.
Dr. Raj Attariwala
Fotografia: Jessica Kerr
Dr. Bruce Goldberger também está a bordo como um assessor técnico. A professora de toxicologia da Universidade da Flórida, Goldberg fez uma extensa pesquisa sobre toxicologia forense e completou numerosos estudos sobre o assunto, incluindo a análise de álcool no hálito e a medição das drogas no tecido biológico.
O resultado é o portátil "Cannabix bafômetro". Malhi disse que é projetado para funcionar como um medidor de glicose no sangue, em que a amostra de respiração é recolhida em um componente e, em seguida, é alimentada para uma segunda parte do dispositivo, o que testa a amostra e dá um resultado imediato e mostra se a pessoa usou maconha nas ultimas duas horas.
Malhi disse que o bafômetro ser usado em locais de trabalho que realizam testes de drogas para os funcionários.
Depois de apenas seis meses de pesquisa e desenvolvimento, Malhi já tem patentes pendentes no dispositivo e assinou um contrato com um fabricante do dispositivo médico para desenvolver um protótipo.
Ele disse que está esperando para ter o Cannabix licenciado em seis meses e vai iniciar sua comercialização na América do Norte.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil, o uso desse equipamento esbarra mais uma vez no fato de que o motorista não é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Pense bem quando for dar um tapa na macaca e dirigir por ai com os olhos vermelhos ouvindo o Bob.
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Vera Moraes
Jornalista - 0010150/PR
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