Certa vez um colega de profissão perguntou o que o jornalista e o porteiro de hotel têm em comum e foi logo respondendo: ambos carregam muitas malas. Maldade! Assim como médico no pronto-socorro recebe pacientes difíceis, problemáticos, há também aquelas pessoas que mesmo em um encontro rápido, profissional somam experiências postitivas para a nossa trajetória.
Isso é normal na vida de quem trabalha com comunicação ou de quem lida com pessoas diferentes.
O jornalista tem que estar preparado para situações difíceis e para o trato com pessoas cuja polidez não é o forte. E o que fazer numa hora dessas? Jogar as boas maneiras para o alto e fazer da recíproca, uma verdadeira? Ou trazer o desaforo para a Redação e transformar a indignação em serviço para a sociedade e para a verdade? Nunca vi se arrepender o jornalista que manteve o equilíbrio e a dignidade.
Adriana De Cunto - Editora