Da série "Bastidores da Notícia"
De todas as bobeiras que escrevo aqui, gosto mais daquelas que contam os bastidores das humildes matérias que faço. Hoje, falo mais uma vez da dificuldade que algumas empresas têm para se comunicar com a imprensa. Há casos em que a fuga e a negativa de falar com jornalistas se dá pelo mais puro medo. Tem empresário que prefere encontrar com o capeta do que com um repórter. Outros, não atendem a imprensa por pura falta de respeito mesmo.
Chega a ser impressionante. Para fazer a matéria sobre a linha mais longa partindo de Londrina, que vai até Porto Velho (RO), e é operada pela Eucatur, pedi algumas informações básicas à empresa, como quantos ônibus saem do Paraná para o estado do Norte, quantas pessoas utilizam a linha mensalmente...
A Eucatur não conta com assessoria de imprensa. Só quem pode passar informações é o senhor Assis Marcos Gurgacz, filho de Assis Gurgacz, o fundador da empresa. Com alguma dificuldade, falei com ele por telefone. Fui gentilmente atendido. Assis Marcos pediu que eu enviasse um e-mail com as perguntas, o que fiz imediatamente.
Passaram alguns dias, nada da resposta. Telefonei várias vezes, deixei vários recados com a secretária dele. Nada. Publicamos a matéria sem a resposta da empresa, a qual perdeu uma grande chance de se comunicar, via imprensa, com seus clientes.
Um dinheirinho aí
Fazendo a reportagem que citei acima, passei por um bocado de rodoviárias. É impressionante. Em quase todas fui abordado por alguém que precisava de um trocado para "inteirar" a passagem para chegar a algum lugar. Eita golpe velho, sô! Já pensou se a moda chega aos aeroportos?
- Olá, por favor, o senhor pode me arrumar mil reais para eu "inteirar" a minha passagem para Paris? É que eu sonho em conhecer a torre Eiffel!