"Acho então esta lei em mim: quando quero fazer o bem, o mal está comigo"
Paulo (Romanos 7:21)
Sim, tem aqueles dias que você simplesmente deixa o mau predominar em você. E isso não é bom, atrapalha seu processo de evolução, te faz perder tempo na caminhada evolutiva, mas ainda assim você permite. Mesmo consciente, você permite. Deixa para trás certos caprichos e esquece que a disciplina é o meio mais apaziguador para uma vida bem organizada e/ou estruturada.
Isso acontece porque você se lembra que é humano e cheio de defeitos e falhas. Deixa surgir de dentro do seu âmago para fora de sua bile que transcende pelos seus poros o que há de mais "normal" de si. Não se emputece mais com a falha e deixa o que até instantes atrás você considerava errado, acontecer.
O ser humano é uma migalha de Deus em constante ebolição na incansável busca pela perfeição e pela evolução. O problema está quando nos permitimos acreditar que não somos falhos, que não erramos. O problema está quando você deixa os sintomas do estresse ferver em seu corpo porque algo não vai bem sendo que você podia simplesmente liberar tal estresse com uma pitada de "deixa para lá" e "vamos viver".
A idéia aqui não é fazer nenhuma apologia a indisciplina ou aos erros ou estimular a falha de ninguém. Muito menos lembrar cada ser pensante de quão insignifcante podemos ser diante da misericórdia e divindade de seres anos-luz mais evoluídos que nós. A idéia é lembrar que as vezes é preciso sair, ir em busca de respostas por meio das falhas. Deixar acontecer tudo aquilo que você evitou por tanto tempo ou que você evita desesperadamente só para depois saber que rumo tomar.
Então você esquece de apagar a luz, deixa a conta sem pagar, sai com aquelas pessoas que você evita, não tranca a porta, chega atrasado no compromisso importante, promete algo a alguém e não cumpre ou simplesmente realiza outras ações que não estão de acordo com a sua índole, com a sua moral. Você se permite viver tudo errado. E sabe que está fazendo tudo errado. Sabe que isso te trará conssequências e que elas podem doer no futuro.
Mas ainda assim, diante da nossa realidade espacial e temporal e de nossa pequenez neste mundo de provas e expiações, sair da linha nem que for por alguns instantes, ainda pode ser a melhor alternativa para que tenhamos a cabeça livre o suficiente do estresse que corrói a alma e da angústica que brota no peito nos prendendo da maravilha que é viver. Que possamos todos errar, sempre conscientes que o mau está em nós mas que dele poderá surgir o mais profundo e maravilhoso exercer do bem.