Deus pune? Deus é justo? Deus perdoa?
Segundo os ensinamentos espíritas, podemos afirmar com toda a segurança: Deus não pune, Deus é justo e, por isso, Deus perdoa as faltas que cometemos. Aliás, não é isso que Jesus fez constar na Oração Dominical: "Pai, perdoa as nossas faltas, assim como perdoamos aos nossos devedores"?
O Criador evidentemente estabeleceu leis que regem a vida em todo o Universo. Se as infligimos, devemos sofrer-lhes a conseqüência. Foi o que levou Jesus dizer a Pedro: "Todo aquele que usa a espada para matar, morrerá sob a espada". Uma pessoa que reencarne apresentando um processo de retardamento mental não é uma vítima do castigo divino, porque em muitos casos ele já se encontrava assim na pátria espiritual, muitas vezes por causa de um equívoco, de um ato insano, como um tiro desferido contra a própria cabeça.
Nascer com a deficiência não significa que ela esteja sendo punida. Digamos que ela esteja colhendo, tal como Jesus explicara ao dizer que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Deus é justo e bom. Tais atributos, ensinados pela filosofia clássica, são confirmados pelo Espiritismo. E é por isso que perdoa, embora seu perdão não consista na anulação do que fizemos, mas sim na oportunidade que Ele nos oferece de repararmos os erros cometidos. Daí advém a necessidade das existências sucessivas, ou reencarnação, que nos dá os meios de fazermos aos outros o que deveríamos ter feito e não fizemos.