Despertar

Grito dos Excluídos 2009: Vida Em Primeiro Lugar!

06 set 2009 às 07:18


"Vamos brincar de imaginar um mundo diferente? As pessoas deixam de ser coisas e passam a ser gente!"
Roberto Freire

Há 15 anos uma manifestação popular carregada de simbolismos é destaque nas ruas do Brasil nos desfiles cívicos que acontecem no 7 de Setembro - Dia da Independência do Brasil. Igrejas, movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos compõem esse movimento que este ano leva o tema: "Vida em Primeiro Lugar! A força da transformação está na organização popular!"


Me lembro quando em 2003, eu participava do movimento que levava o tema: "Tirem as Mãos... O Brasil é Nosso Chão", que abordava a importância do país ficar atento quanto a "invasão" estrangeira que aos poucos tem tomado conta de nossa Amazônia.


Ajudei, ou pelo menos tentei ajudar, na confecção dos cartazes e faixas que utilizamos durante o desfile. Recordamos várias "mãos" enormes feitas de papelão pintadas com a cor da bandeira dos Estados Unidos para enfatizar o quanto os norte-americanos têm tentado (?) "abocanhar" parte de nossa Floresta Amazônica.


Foi muito divertido e ao mesmo tempo renovador aquele ato. Pessoas de várias idades, credos religiosos, perspectivas, profissões com um mesmo próposito: de olho no nosso país tentando cuidar do que é nosso. Desfilamos segurando as "mãos gigantes" e debaixo de um enorme tecido de TNT verde e amarelo representando a cor do Brasil.


O tema deste ano nos remete a pensar que uma vida digna e justa exige mudança e condições reais que garantam as aspirações básicas do ser humano. O lema também afirma que a força da transformação está na organização e participação popular, um dos grandes desafios para quem sonha um novo projeto de sociedade.


O Grito dos Excluídos tem objetivos como esses: tornar público, nas ruas, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome e propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos

Desta vez não participarei, mas incentivo quem vai estar lá, sempre no final do desfile, como que para lembrar dos "excluídos" mesmo, aqueles que sofrem com a maior parcela de nosso país desigual. Vale a pena!


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