Dedo de moça

Uma nova chance

31 dez 1969 às 21:33
Meu pai e minha mãe têm um casamento realmente muito legal.
Contando ninguém acredita, mas eu nunca vejo os dois brigarem e mesmo depois de 33 anos de união, eles ainda agem como dois namorados: deitam juntos no sofá para assistir um filminho, fazem programas românticos, trocam carinhos e se fazem surpresas.
Acho isso tudo lindo e queria muito ter isso para mim.
Em uma das várias conversas sobre relacionamentos que tenho com os dois (muitas delas geradas pela minha falta de sorte em achar alguém bacana) meu pai de disse uma coisa muito interessante: quando for procurar alguém para namorar, lembre-se que beleza acaba e sexo cansa. Observe na pessoa o que sobra além desses dois fatores, porque é isso que vc vai ter depois de anos de relacionamento.
Definitivamente acho que meu pai está certo. Ele e minha mãe estão inteirássos e com a vida sexual em dia, mas dá para ver que a felicidade entre eles vem de algo mais profundo: da cumplicidade, da amizade, do respeito...
Olhando para trás vejo que me preocupei muito com o exterior: me envolvia sempre com caras que me atraíam muito... e que me magoavam ou se mostravam vazios por dentro.
Esse fim de semana fiquei com um cara que a princípio não me chamou a atenção.
Por uma pirraça, deixei que ele se aproximasse só para provocar um casinho que estava no bar e tinha me ignorado semanas atrás (odeio ser desprezada por alguém e costumo dar o troco se possível).
Para minha surpresa a conversa foi uma delícia!
Fiquei com o cara e a noite foi ótima: o beijo é bom, demos muita risada juntos e me senti bem ao lado dele como não me sentia há tempos.
Não nos vimos desde então, mas ele (vamos chamá-lo de Luiz) tem me ligado e tenho certeza que vai rolar mais alguma coisa.
Embora adore minha vida de solteira, às vezes tenho vontade de ter alguém para me abraçar com carinho e me acompanhar no dia-a-dia.
Sabe que estou empolgada com o Luiz?
Acredito que a gente recebe aquilo me merece.
Agora que estou me abrindo para novas possibilidades, quem sabe o mundo não me dá uma surpresa boa?

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