Durante toda a vida, a gente vai encontrando e derrotando fantasmas. É assim desde que a gente nasce até quando morre.
Quando somos crianças, nosso fantasma é que a mãe da gente morra, que o bicho papão saia do armário.
Aí a gente fica adolescente e os fantasmas viram a perda da virgindade, a aprovação no vestibular.
Quando a gente realmente chega à idade adulta, o que nos atormenta são as contas para pagar, o medo de perder o emprego, as rugas que vão chegando... e os amores não resolvidos.
Praticamente todas as pessoas que passaram dos 30 têm um amor do passado escondido no armário (com exceção daquelas que se casaram e vivem felizes até hoje com o primeiro namorado).
Tenho uma amiga que diz que amores são como bolos de chocolate. Enquanto a gente não come até o fim, ele fica lá, fazendo a gente passar vontade. E não adianta guardar na geladeira, que ele pode passar do ponto, estragar e começar a feder. O congelador também não é a solução, porque cada vez que abri-lo, vai se lembrar do bolo e a vontade pode vir com força total. A única solução para um bolo de chocolate é comê-lo até ele acabar.
Com um amor é assim. A gente precisa comer dele até que ele termine. Para muitas pessoas, o bolo acaba. Geralmente a gente fica um tempo sem querer saber de bolo nenhum (principalmente quando ele causou uma indigestão), mas depois o desejo volta e a gente logo encontra outra delícia para devorar.
Para algumas pessoas com muita sorte, o bolo se multiplica infinitamente. Essas encontram o amor eterno.
Mas muitas vezes alguém tira o bolo da gente, ou a gente acha que já enjoou dele e decidi guarda-lo na geladeira ou no congelador.
Aí acontece o inevitável: a vontade volta.
O problema é saber o que fazer com o bolo: experimentar um pedacinho, continuar ignorando, ou cair de boca e comer até passar.
Esses dias um pedaço de bolo apareceu no meu congelador. Foi um dos melhores bolos que eu já provei, mas que eu nem sabia que estava lá ainda, guardado no fundo de uma gaveta gelada, longe do meu alcance.
Até agora não tomei decisão nenhuma, estou só olhando, sentindo o cheiro (já li que quando a gente cheira uma comida por alguns minutos, a vontade de comer passa. O duro é resistir ficar só no cheirinho!).
Mas sei que vai chegar uma hora que terei que tirar o bolo da embalagem.
Nessas horas eu queria tanto não gostar de doce!
Quando somos crianças, nosso fantasma é que a mãe da gente morra, que o bicho papão saia do armário.
Aí a gente fica adolescente e os fantasmas viram a perda da virgindade, a aprovação no vestibular.
Quando a gente realmente chega à idade adulta, o que nos atormenta são as contas para pagar, o medo de perder o emprego, as rugas que vão chegando... e os amores não resolvidos.
Praticamente todas as pessoas que passaram dos 30 têm um amor do passado escondido no armário (com exceção daquelas que se casaram e vivem felizes até hoje com o primeiro namorado).
Tenho uma amiga que diz que amores são como bolos de chocolate. Enquanto a gente não come até o fim, ele fica lá, fazendo a gente passar vontade. E não adianta guardar na geladeira, que ele pode passar do ponto, estragar e começar a feder. O congelador também não é a solução, porque cada vez que abri-lo, vai se lembrar do bolo e a vontade pode vir com força total. A única solução para um bolo de chocolate é comê-lo até ele acabar.
Com um amor é assim. A gente precisa comer dele até que ele termine. Para muitas pessoas, o bolo acaba. Geralmente a gente fica um tempo sem querer saber de bolo nenhum (principalmente quando ele causou uma indigestão), mas depois o desejo volta e a gente logo encontra outra delícia para devorar.
Para algumas pessoas com muita sorte, o bolo se multiplica infinitamente. Essas encontram o amor eterno.
Mas muitas vezes alguém tira o bolo da gente, ou a gente acha que já enjoou dele e decidi guarda-lo na geladeira ou no congelador.
Aí acontece o inevitável: a vontade volta.
O problema é saber o que fazer com o bolo: experimentar um pedacinho, continuar ignorando, ou cair de boca e comer até passar.
Esses dias um pedaço de bolo apareceu no meu congelador. Foi um dos melhores bolos que eu já provei, mas que eu nem sabia que estava lá ainda, guardado no fundo de uma gaveta gelada, longe do meu alcance.
Até agora não tomei decisão nenhuma, estou só olhando, sentindo o cheiro (já li que quando a gente cheira uma comida por alguns minutos, a vontade de comer passa. O duro é resistir ficar só no cheirinho!).
Mas sei que vai chegar uma hora que terei que tirar o bolo da embalagem.
Nessas horas eu queria tanto não gostar de doce!