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Nas alturas

31 dez 1969 às 21:33

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Preciso admitir: tenho medo de altura.
Hoje percebo que a coisa começou ainda na infância: eu morria de medo de me balançar muito alto nos brinquedos.
Com a adolescência não cheguei a perceber nada preocupante, minha vida era normal e, embora sentisse um friozinho na barriga em locais altos, não me preocupava com esse medo.
A situação ficou difícil depois de um passeio pelo Play Center, há uns 15 anos atrás.
Tinha um brinquedo lá que era o precursos desses elevadores dos parques de hoje. Era assim: vc sentava em uma cadeira toda aberta, subia 70 metros e despencava de lá!
Puta que o pariu!!! Quando o negócio chegou no meio do caminho, eu já queria descer (mas não dava né?).
Percebi que meu medo era de lugares altos e abertos. Não me preocupo com aviões, sacadas ou qualquer outra coisa que eu tenha onde pisar e pôr as mãos. Mas ficar livre, leve e solta nas alturas não é minha praia.
Como tudo nessa vida, meu medo foi aumentando.
Ao ponto de hoje eu ter medo até de trocar uma lâmpada (o que é um problemão para quem mora sozinho)
Pois bem. Esses dias minha lâmpada do banheiro queimou e eu estava solita.
Como esse ano resolvi mudar minhas atitudes, decidi: vou trocar essa coisa eu mesma!!!
Peguei a lâmpada nova e tentei alcançar a velha com uma cadeira. Não deu certo (uma merda morar em casa muito alta!).
Resolvi pegar uma escada perdida na despensa que só de olhar já dá medo. Ela é velha, enferrujada e tem o péssimo hábito de abrir as pernas quando a gente sobe nela (sem trocadilhos infames!).
Juntei toda a coragem que tenho e coloquei a bonita no banheiro.
Para subir o primeiro degrau, levei poucos segundos (primeiro degrau é fácil, baixinho...).
Respirei por alguns minutos (uma psicóloga disse que a gente tem que fazer isso para superar as fobias) e consegui chegar ao segundo degrau.
Para minha desgraça, ainda não alcançava o teto do banheiro (na próxima quero um banheiro com teto de gesso bem baixinho!!!).
Aí a coisa complicou: três degraus era muito para mim.
Depois do exercício de respiração, consegui mover uma das pernas. Mas eu precisava das duas no alto e das mãos livres (que tormento, meu Deus!).
Por fim, consegui subir na escada (que não se espatifou comigo!) e trocar a maldita lâmpada. Mas minhas pernas tremiam e senti muito medo. Ainda bem que não tinha ninguém vendo aquela cena ridícula de uma mulher adulta se matando para subir três degraus de uma escada doméstica (se bem que se tivesse alguém seria bom, porque daí eu pedia para pessoa trocar a lâmpada!).
Mas consegui vencer mais uma etapa da superação. Agora o banheiro tá uma belezinha de iluminado.
Ah! E com lâmpadas fluorescentes, que demoram para queimar!!!
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