Eu já namorei muito nessa vida e hoje posso dizer que gosto da minha vida de solteira. Não tenho que dar satisfação para ninguém, não me aborreço com pequenas coisas dos relacionamentos (e como os relacionamentos têm pequenas coisas que nos irritam, né?), posso marcar o que quiser com as amigas e amigos sem perguntar se o outro ta a fim, não preciso dar perdido quando ir para uma balada sozinha.
A vida até parece perfeita quando se está solteira, mas de vez em quando acontece alguma coisa que põe a gente em uma situação complicada. Foi o que aconteceu recentemente.
Uma das minhas melhores amigas se casa em setembro. Como temos uma amizade antiga e muito legal, claro que fui convidada para ser a madrinha.
Aí é que começaram meus problemas: toda madrinha precisa de um padrinho!!! Minha idéia foi escolher um amigo que também é conhecido da noiva para ir comigo. O único nome que me ocorreu foi do Zé. Mas ele mora em Sampa e não poderia vir na data da festa. Minha amiga então ficou de procurar alguém entre os convidados do noivo.
O problema é que agora eu to solteira, todo mundo resolveu casar ou namorar!!! To eu mais uma vez na contramão da sociedade!!!
Semanas atrás liga a amiga noiva me dizendo que não tinha encontrado ninguém para entrar comigo. Disse então que não tinha problema, eu poderia deixar de ser madrinha sem drama.
Foi quando minha amiga veio com a idéia que já fez muito amigo meu (inclusive o Zé!) dar muita risada: eu vou ser dama de honra!!!
Se estivéssemos nos EUA, tudo bem... lá os casamentos têm um monte de damas de honra adultas. Mas no Brasil esse papel geralmente é das crianças. E quem me conhece sabe que nem de longe, no escuro, eu pareço uma criança...
Olha que situação: a cerimônia começa, entra a sobrinha da minha amiga, uma menina de 5 anos, com as alianças, e em seguida entro eu, uma cavala de 33 anos, segurando sei lá o quê!!! A coisa é tão séria que a minha amiga até me falou a cor da roupa que tenho que usar.
Como não me encano com essas coisas, até pensei em fazer um modelito todo rodado, como esses que as mães fazem para as filhas pequenas. No fundo no fundo, to achando o máximo fazer uma coisa que nenhuma outra pessoa vai fazer (afinal eu vou ser a única encalhada a entrar sozinha pelo corredor até o altar!). Eu até teria a possibilidade de convidar alguém para ir comigo (a gente sempre tem alguém para convidar!), mas devo admitir que, apesar de parecer um micão, estou adorando a idéia.
Bem que dizem que quem espera sempre alcança.
Eu sempre quis ser daminha. Agora ser damona!!!
P.S. Daqui um tempo coloco uma foto desse momento único na vida!