Esses dias estava conversando com um amigo que está passando por um problema terrível: ele se envolveu com uma mulher, se apaixonou por ela, mas ela não quer ficar com ele (pelo menos não para algo sério).
Parece mentira, mas o cara tá mal, se sentindo usado, traído, enrolado. Todas essas coisas que geralmente as minhas amigas mulheres sentem (e eu também, diga-se de passagem!).
Na hora da raiva, desabafando comigo, esse amigo disse que agora vai ser o maior canalha, não quer mais saber, vai chutar o pau da barraca, endurecer e perder a ternura.
Disse para ele que eu sofria por outro motivo, exatamente o oposto do dele: queria amar e não conseguia. Há tempos ando pelas ruas e bares da cidade, de lanterna na mão, procurando alguém que valha amar sem sucesso. Acho que já apanhei bastante e agora to com medo. Mas é muito ruim querer amar e não ter a quem.
Aí fiquei pensando: o que é pior, sofrer por amor ou não ter amor?
Sinceramente não sei a resposta.
Porque depois da última vez que amei alguém sofri tanto para superar que prometi para mim mesma que não iria mais aceitar talvez, mais ou menos, quase.
É. Aceitar um cara talvez responsável, mais ou menos sincero, quase companheiro, às vezes carinhoso, meio gentil, um pouco inteligente, e por aí vai. Essas metades que no começo são iguais a totalidades, mas que depois de um tempo viram nada.
E viver de nada não dá, né?
Mas é possível ter tudo? Olhando para trás e para os lados também, vejo que não.
Os casais super em sintonia que eu conheço não são almas gêmeas. Eles têm diferenças, desavenças, discordâncias. Eles respeitam os defeitos em nome das qualidades do outro.
Acho que o segredo da felicidade em um relacionamento é elevar as qualidades à máxima potência e os defeitos a zero.
Então porque que mesmo sabendo disso, parece tão difícil relaxar e encarar os problemas como parte do pacote?
Se é ruim ficar sem amar e amar significa aceitar os defeitos, porque buscamos alguém perfeito?
Mas até quanto podemos e devemos aceitar para não correr o risco de nos sentirmos enganados, usados e desrespeitados quando o amor acabar?
Existe uma medida certa de aceitar e doar para que o amor não acabe?
Acho que o meu problema, e de boa parte das pessoas que sofre por amor e por falta dele, é tudo isso aí em cima: o excesso de dúvida.
Porque amar é ter certeza. Ter certeza que vai dar certo, ter certeza que a pessoa é perfeita, ter certeza que não vai achar ninguém tão legal, ter certeza que ele (ou ela) nos ama, ter certeza que é para sempre.
Nem que seja para depois descobrir que as certezas não eram tão certas.
E aí se decepcionar, chorar, brigar, sofrer por amor, querer morrer ou matar.
E prometer que não vai amar nunca mais.
Até ter certeza outra vez que agora vai dar certo!!!
Parece mentira, mas o cara tá mal, se sentindo usado, traído, enrolado. Todas essas coisas que geralmente as minhas amigas mulheres sentem (e eu também, diga-se de passagem!).
Na hora da raiva, desabafando comigo, esse amigo disse que agora vai ser o maior canalha, não quer mais saber, vai chutar o pau da barraca, endurecer e perder a ternura.
Disse para ele que eu sofria por outro motivo, exatamente o oposto do dele: queria amar e não conseguia. Há tempos ando pelas ruas e bares da cidade, de lanterna na mão, procurando alguém que valha amar sem sucesso. Acho que já apanhei bastante e agora to com medo. Mas é muito ruim querer amar e não ter a quem.
Aí fiquei pensando: o que é pior, sofrer por amor ou não ter amor?
Sinceramente não sei a resposta.
Porque depois da última vez que amei alguém sofri tanto para superar que prometi para mim mesma que não iria mais aceitar talvez, mais ou menos, quase.
É. Aceitar um cara talvez responsável, mais ou menos sincero, quase companheiro, às vezes carinhoso, meio gentil, um pouco inteligente, e por aí vai. Essas metades que no começo são iguais a totalidades, mas que depois de um tempo viram nada.
E viver de nada não dá, né?
Mas é possível ter tudo? Olhando para trás e para os lados também, vejo que não.
Os casais super em sintonia que eu conheço não são almas gêmeas. Eles têm diferenças, desavenças, discordâncias. Eles respeitam os defeitos em nome das qualidades do outro.
Acho que o segredo da felicidade em um relacionamento é elevar as qualidades à máxima potência e os defeitos a zero.
Então porque que mesmo sabendo disso, parece tão difícil relaxar e encarar os problemas como parte do pacote?
Se é ruim ficar sem amar e amar significa aceitar os defeitos, porque buscamos alguém perfeito?
Mas até quanto podemos e devemos aceitar para não correr o risco de nos sentirmos enganados, usados e desrespeitados quando o amor acabar?
Existe uma medida certa de aceitar e doar para que o amor não acabe?
Acho que o meu problema, e de boa parte das pessoas que sofre por amor e por falta dele, é tudo isso aí em cima: o excesso de dúvida.
Porque amar é ter certeza. Ter certeza que vai dar certo, ter certeza que a pessoa é perfeita, ter certeza que não vai achar ninguém tão legal, ter certeza que ele (ou ela) nos ama, ter certeza que é para sempre.
Nem que seja para depois descobrir que as certezas não eram tão certas.
E aí se decepcionar, chorar, brigar, sofrer por amor, querer morrer ou matar.
E prometer que não vai amar nunca mais.
Até ter certeza outra vez que agora vai dar certo!!!