Dedo de moça

A Vida Como Ela Foi - 3º Capítulo - Primeira merda

31 dez 1969 às 21:33
Tava tudo muito bom, tudo indo muito bem.
Mas as coinscidências desagradáveis entre mim e o Cláudio começaram a acontecer.
Sempre faço festas em casa para os amigos: festas temáticas (essas são as melhores, abertas para todos e que duram até raiar o dia!), reuniões dos mais íntimos (essas também são boas porque rolam aquelas conversas mais privadas, que geralmente são ótimas...) e também jogatinas (adoro jogos e costumo reunir a galera para rodadas de imagem e ação, detetive, pega-varetas e pôquer(que a PF nunca aparece para uma batida!!!)).
Pois bem, em uma delas, no caso uma jogatina, convidei o Cláudio.
Achei que seria uma boa, já que ele conhecia alguns amigos e tinha trazido dois amigos íntimos dele até minha casa em outros dias (levar amigos para nossa casa é bom sinal, né? O cara deve estar tentando saber a opinião dos camaradas...).
Ele aceitou e também chamou um desses amigos para ir junto.
No começo tudo certo: estávamos bebendo, conversando e o Cláudio parecia tranquilo e à vontade.
O erro foi quando eu decidi participar de uma nova rodada de pôquer e convidei os meninos para se juntar ao grupo (tudo que eu queria era unir a galera).
No começo tudo bem, mas um amigo (que eu considero meu irmão) começou a implicar feio com o amigo do Cláudio (o Cláudio mesmo preferiu não jogar porque não conhecia as regras).
Praticamente todo mundo tinha ido embora e o clima começou a ficar bem estranho: esse meu amigo estava realmente apelando, ofendendo o cara, tentando arrumar confusão. E o Cláudio ali, tentando ser diplomático, contornar a situação de maneira serena, tranquila (adorei isso também porque odeio cara que curte dar barraco).
Como dona da casa, acabei com o jogo e convidei todo mundo para ir embora.
Na hora da despedida, me desculpei com o Cláudio e o amigo dele, que aceitaram minhas desculpas educadamente. O Cláudio passou a noite comigo, o que me deixou um pouco mais tranquila.
Mas sei que a mancha ficou: primeira impressão é tudo, né?
Provavelmente eu teria dificuldades de juntar os grupos outra vez e fazer o Cláudio se sentir bem vindo nas minhas festas.
No dia seguinte conversei com meu amigo que, como todo bêbado sem noção, disse que não se lembrava de nada.
Não entendo porque pessoas que não sabem beber insistem em fazer isso, causando problemas e constrangimentos para quem está por perto.
Mal sabia eu que confusões piores estavam por vir...

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