De Olho!

Barbosa, o Bosque e o SMS

06 dez 2011 às 17:22

Todo mundo sabe que o prefeito Barbosa Neto (PDT) é um homem muito ocupado. A demanda de trabalho é grande. O prefeito é responsável por vistoriar obras, despachar documentos e controlar o secretariado municipal. Mas, semanalmente, ele tenta se aproximar da população através do projeto "Prefeitura nos Bairros". Segundo o Núcleo de Comunicação, pelo menos 70 moradores são atendidos por semana na iniciativa. São cidadãos que têm a chance de conversar diretamente com Barbosa.

Nesta terça-feira (6), o projeto foi realizado no Bosque Central. O espaço, palco de inúmeros protestos durante as últimas semanas, voltou a receber manifestantes contrários às obras que estavam sendo feitas pela prefeitura no Zerinho. O procedimento ocasionou a derrubada de pelo menos 17 árvores nativas. O Movimento Ocupa Londrina condenou o corte das espécies e a intenção do município de reabrir a rua Piauí pelo meio do Bosque. Os manifestantes tentaram ter uma conversa franca com Barbosa nesta terça, mas não conseguiram. Pelo menos é o que garante o jornalista Guto Rocha, um dos organizadores do movimento. "No começo, o prefeito se mostrou bem tranquilo e disposto a discutir o impasse. Ele nos ouviu, apesar de ter se mostrado irredutível. O que incomodou bastante, na verdade, foi o momento em que a Dora [da Associação dos Amigos do Bosque] questionou-o sobre a placa de inauguração do espaço, que simplesmente desapareceu. Em vez de responder a pergunta, Barbosa começou a mandar mensagens de texto pelo celular. Não esperávamos uma atitude tão desrespeitosa de um homem público", contou. O secretário municipal de Governo, Marco Antônio Cito, tentou defender Barbosa Neto. "Não vou nem responder este tipo de declaração pequena. Se o prefeito não quisesse ouvir a população, ele não teria vindo aqui no Bosque às 6h", rebateu.

Informado sobre a 'reposta' de Cito, Guto Rocha se mostrou bastante irritado. "É claro que ele iria defender o patrão, o chefe. Este é o nosso secretário, o secretário que merecemos", limitou-se a dizer o manifestante.


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