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Você é o inimigo

31 dez 1969 às 21:33

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As grandes gravadoras, os estúdios de cinema, os fabricantes de aparelhos eletrônicos, celulares e afins, as emissoras de televisão, telefônicas, desenvolvedores de software, todos tem uma coisa em comum. Você. Você é o inimigo número um desse pessoal.

Para as empresas da área de tecnologia, aquela história do "cliente tem sempre razão" é passado. Sob a desculpa de combater a pirataria, o discurso desse pessoal coloca no mesmo saco o adolescente que baixa um CD, um filme e a indústria clandestina que vende blockbusters antes mesmo deles chegarem aos cinemas.

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É por isso que você compra um aparelho de DVD (pelo qual paga um preço mais do que justo) e ele vem bloqueado para uso só na região 4. É verdade que isso tem acontecido com menos frequência. No entanto, era uma realidade há alguns anos.

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A desculpa era que o bloqueio restringia o mercado da pirataria. Mas, no fim das contas, quem acabou punido foi o consumidor que não podia comprar (legalmente, diga-se de passagem) DVDs fora do Brasil ou tinha que recorrer ao desbloqueio, que - em alguns casos - resultava na perda da garantia do aparelho.

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E o que dizer dos CDs e DVDs que vêm de fábrica com proteção contra gravação? Muita gente que comprou discos originais acabou tendo problemas para usá-los no computador e até mesmo em players.


Já as emissoras de televisão tentaram embutir no modelo de tv digital o bloqueio à gravação. Você, que já paga muito para ver tv (mesmo a tv aberta) e assistir a um desfile interminável de propagandas, ainda teria que pagar caso quisesse salvar um programa para ver depois.

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O problema - para eles - é que com os recursos que temos hoje, podemos fazer cópias de um produto com a mesma qualidade do original. A tecnologia mudou o discurso. Há pouco tempo - coisa de dez anos - a cópia não só era permitida, como estimulada. Rádios promoviam programas nos quais o atrativo era tocar a música pronta para ser gravada em casa.


O que a tecnologia mudou também é o modelo de negócio no qual muitas dessas empresas estão baseadas. A indústria fonográfica, por exemplo, cresceu na esteira da importância da logística de distribuição. A maior parte daqueles R$ 30 que você paga por um CD vão direto para o caixa da gravadora e distribuidora, não para o artista.


Com a internet, a logística perdeu a importância. O artista não depende mais de grandes distribuidoras para chegar até o público. Ao invés de investir mais na distribuição paga de músicas (e filmes, seriados etc) pela internet, a indústria insiste na tecla da pirataria.

No Brasil, faltam acordos para termos mais opções de lojas de venda de conteúdo digital no país. Talvez seja o caso das empresas do setor gastarem menos tempo e dinheiro bolando tecnologia para impedir que clientes copiem e gravem produtos comprados legalmente e mais estudando como viabilizar novos empreendimentos de comércio digital de música, vídeo e até livros na internet.


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