O acesso a serviços online aumentou sensivelmente o número de senhas que temos decorar. A quantidade prejudica não só o uso dessas senhas, como a necessária troca periódica delas, algo que garante mais segurança ao usuário. Mas como tornar a criação e lembrança das senhas mais simples?
Eu tenho um sistema. Não digo que é o melhor, mas funciona. Minha principal preocupação é com capacidade de lembrar as senhas mesmo que fique muito tempo sem usá-las. E com o nível de segurança que cada serviço exige.
O sistema é simples. Em primeiro lugar, defina três níveis de segurança. Esses níveis servem para pessoas que precisam fazer muitos cadastros na internet, daqueles que exigem senha. Eu, na realidade, tenho quatro niveis, mas vamos simplificar as coisas.
O primeiro nível é de senhas usadas em serviços como acesso a conteúdo de sites, que não exigem grande proteção. Vamos chamá-lo de nível A. O nível B é para questões mais sensíveis, como cadastros em lojas virtuais, mas que não são usadas sempre. Por fim, o nível C engloba serviços críticos, como conta no Google (a senha do Google serve para inúmeros serviços da empresa), emails (emails sempre contém dados pessoais críticos) e MSN.
Definido isso, cria-se uma senha por nível. Aí que está o pulo do gato. Uma boa senha tem números e letras e não tem relação com informações pessoais óbvias, como o nome do cão, da mãe, apelido.
Vamos lá: pense em algo íntimo. Sua marca preferida de roupas. Por exemplo, lilica ripilica. É um exemplo bobo, mas serve para fins de explicação. Agora pense em um número que tenha relação com isso. Por exemplo, o número de manequim que você queria poder usar: 44.
Pronto, agora é só gerar a senha. Pegue o lilica (não dá para usar o nome todo porque é muito grande), e digite as letras que estão à direita das letras da palavra. Ou à esquerda. Ou acima e abaixo. Chegou no fim do teclado? Use a letra na posição inversa. O importante é que você defina qual padrão você irá usa para cada nível de senha.
Nesse sistema, lilica44 vai virar kukuxs33 usando as teclas da esquerda. É claro que cada nível deverá ter uma senha diferente inspirada em termos diferentes.
Depois, na hora de usar a senha é só lembrar daquela informação íntima e do sistema que foi aplicado a ela para gerar a senha. E acredite, depois de bolar tudo isso você vai lembrar do sistema.
Outro sistema de geração de senha: pense num livro. O amor nos tempo do cólera, por exemplo, que eu já li três vezes. Use as primeiras letras de cada palavra e aplique o sistema acima. Fica psmyfv92, usando as teclas da direita nas letras e as da esquerda nos números.
As senhas do grupo A não precisam ser trocadas com frequência. Já as dos grupos B e C devem ser alteradas de tempos em tempos. E em situações nas quais você sentir que sua segurança está comprometida (você acessou seu email de um computador de lan house, por exemplo).