Diz o Diogo Mainardi que antes de conhecer um lugar, o turista deveria ler tudo que encontrar sobre a cidade, o país para onde vai. Não vou tão longe. Mas acho que o planejamento da viagem pode ser divertido. E com a internet, você pode ser seu próprio guia turístico e preparar um roteiro personalizado.
As agências de turismo estão perdendo a função. Normalmente elas são meras representantes de pacotes padronizados de grandes operadoras. E um projeto de lei que tramita no Congresso quer reduzir a responsabilidades dos agentes de turismo em casos de problemas com os serviços adquiridos através deles.
Na prática significa que, se você tiver problemas com vôos, hotéis e passeios vai ter que se acertar diretamente com a empresa responsável pelo serviço. Se o projeto for aprovado, por que confiar no intermediário se você pode ir direto à fonte?
Preparar o roteiro de uma viagem pela internet significa mergulhar em informações sobre o destino que se quer. É pesquisar muito, fuçar. Desde informações sobre hotéis, atrações turísticas até tentar entender como um local o funcionamento do sistema público de transporte.
A internet ajuda muito quem quer montar seu próprio pacote. Vamos ao caminho das pedras. Nessa primeira parte vamos falar sobre os primeiros passos, como começar a pensar na viagem pela internet mesmo que você nem tenha uma data marcada para arrumar as malas.
Na segunda parte do guia, vamos para os finalmentes. De passagens a ingressos. Por último, vamos às dicas gerais para o turista.
Para começar a planejar é bom saber pelo menos uma de duas informações: para onde você vai e quanto dinheiro você vai ter para gastar. Mas não se prenda a limites. Na internet tudo é possível.
Com algumas ideias de destinos em mente, o primeiro passo é pesquisar os pacotes disponíveis nas lojas virtuais. Submarino (www.submarino.com.br) e Buscapé Viagens (www.buscapeviagens.com.br) são boas opções.
Por que ir atrás dos pacotes? É um jeito rápido de descobrir informações importantes, como o preço da viagem, os hotéis mais populares entre as operadoras. Com valores em mente, você já tem um parâmetro para avaliar os preços com os quais você irá se deparar no caminho.
Também serve para ter uma ideia de quanto tempo você vai poder ficar no destino escolhido com a grana que você tem. Se seu objetivo é viajar pelas Américas, aprenda a raciocinar em dólar. Na Europa, faça o mesmo com o Euro. Não adianta ficar orçando tudo em real porque as cotações mudam e seu trabalho vai pro lixo. (Dica extra: anotou um preço, anote a data do lado).
Dominar bem o inglês e a língua local também ajuda muito. Mas se não for o caso, pode ser que esse esforço de planejamento sirva para te aproximar do idioma.
Bom mesmo é começar a se planejar com bastante antecedência. Com tempo, você pode se acostumar a acompanhar os jornais locais. Mas nem sempre ler jornais diários em outros idiomas é fácil, mesmo que você tenha familiaridade com o idioma.
Procure sites de turismo do governo e da industria de turismo locais. São boas fontes de informação.
Por fim, vá atrás dos blogs e sites brasileiros sobre o local. Por que? Bem, brasileiro é que nem praga. Tem em todo lugar. Se você quer ir para Budapeste, é provável que exista um blog Brasileiros em Budapeste, ou algo do gênero. Não procurei, mas as chances são grandes.
Acompanhar todos esses sites ocupa tempo, certo? Não se preocupe. Utilize um agregador RSS para seguir os sites que possuem essa funcionalidade (dica: veja a explicação mais detalhada abaixo). E relaxe. É para você se divertir fazendo isso.
Por fim, estabeleça o que precisa ser, de fato, orçado. Toda viagem tem quatro despesas principais: as passagens, a hospedagem, a alimentação e o transporte. Você também vai gastar com compras, seguros, ingressos e lembre-se que sempre acontecem imprevistos. Mas isso é assunto para a segunda parte desse guia.
Até lá.
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