O mercado de tecnologia é um campo dinâmico. Investir nessa área, mesmo que seja num empreendimento de baixa complexidade, como é o caso dos cyber cafés e lan houses, exige do empresário a capacidade de antecipar o futuro. Pois aqui vai uma previsão: lan houses e cybercafés podem estar em extinção.
Explico: o acesso ao computador e a banda larga está cada vez mais fácil e barato. O resultado disso é um contigente maior de famílias de classe média que tem acesso a internet em casa. Também é crescente o número de pessoas com equipamentos wi-fi e 3G, que acessam internet de qualquer lugar.
Com esses dois públicos em franco declínio, esse tipo de negócio tende a mudar de foco. Há lan houses que se transformaram em espaço de jogos, o que atende a um número significativo de jovens que até podem ter computadores e internet em casa, mas não possuem o tipo de equipamento necessário para utilizar jogos mais complexos.
O acesso a internet passou a ser um acessório, um brinde extra oferecido aos clientes em shoppings, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Daqui para frente vai ser cada vez mais comum ver espaços de acesso wi-fi pela cidade. E gente navegando na internet via celular.
Já as lan houses em sua configuração tradicional tendem a migrar para a periferia, onde o acesso a internet doméstica ainda é limitado e caro. Em Curitiba é difícil circular por bairros distantes do centro sem ver lan houses pipocando por todos os lugares.
Elas também devem continuar sendo bastante populares em cidades menores. Tudo por causa da falta de capacidade das empresas de telecomunicações em atender essas regiões.