A Google lançou no início de fevereiro o Google Latitude, um serviço de localização geográfica para dispositivos móveis. O serviço, uma vez ativado, permite que o usuário tenha acesso a localização aproximada de seus conhecidos, bem como disponibilize a própria localização.
Com o Latitude habilitado, os usuários visualizam onde seus amigos estão - em tempo real - num mapa.
A organização social Privacy International (PI), no entanto, já encontrou problemas de segurança na nova ferramenta. Para a entidade, quem habilita o serviço pode facilmente disponibilizar para outros informações sobre a própria localização sem se dar conta.
Esse problema pode permitir que usuários tenham acesso a sua localização - em tempo real - 24 horas por dia. A entidade também alerta que, uma vez habilitado o serviço, nem sempre o proprietário do aparelho é alertado sobre a funcionalidade.
A PI prevê pelo menos cinco situações nas quais o usuário pode estar em risco. Em uma delas, o serviço Latitude pode ser habilitado por um terceiro num celular que tenha sido esquecido. O usuário também pode disponibilizar sua localização sem saber ao receber de presente ou comprar um aparelho que já está com o Latitude habilitado.
Para a PI, a maior dificuldade para se detectar o problema se deve ao fato de o programa permitir que outros tenham acesso a localização do usuário desde que autorizados, mesmo que o usuário autorizado tenha optado por ficar invisível para aqueles com os quais compartilha informações.
Na prática, funciona assim: uma pessoa mal intencionada pode habilitar no seu celular o Latitude tendo ela como amiga. Mas na sequência, mudar o próprio status para invisível. Isso faz com que o dono do celular disponibilize sua localização para essa pessoa, mas ela não irá aparecer entre os usuários disponíveis do serviço.