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A internet e o jornal

31 dez 1969 às 21:33

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Não são poucos os que declaram que com a internet a morte dos jornais impressos diários está próxima. A eleição de Obama, nos EUA, cuja campanha teve como principal mídia a internet, é o mais recente argumento dos que vem na tecnologia a setença de morte da mídia impressa.

No entanto, como entusiasta da tecnologia e repórter de jornal, penso que o impacto da internet nas mídias tradicionais (rádio, televisão, impresso) tem pouco de destrutivo. Aqui na minha bola de cristal, o futuro se parece menos com telas de LCD espalhadas em todos os locais e mais com informações disponíveis para todas as pessoas.

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Sim, a internet vence os jornais no quesito quantidade de informação. Muitas notícias vazam antes da internet antes de ganhar as páginas dos jornais. Foi assim com o escândalo Clinton/Monica Lewinski. Foi assim com o discurso de renúncia de ACM, que um blogueiro descobriu ser plágio de outro discurso de um deputado em 1954.

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No entanto, o jornal tem a favor de si uma vantagem: o espaço limitado para publicar informações. Muita gente pode apontar isso como um defeito da mídia impressa, que ao contrário da internet tem escolher o que é mais relevante.

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No entanto, no exercício diário da profissão de jornalista vejo que ter pouco espaço significa ter que optar com sabedoria. Uma das primeiras editoras que tive na vida profissional, a Marleth Silva, sempre dizia que o essencial da ação do repórter é editar, editar e editar. Analisar, confirmar e checar cada informação para que só as melhores cheguem de fato a página do jornal.


Para quem está em início de carreira, o espaço limitado das páginas do jornal são razão de uma frustração constante. Apura-se muito, escreve-se pouco. Mas aí está um trunfo. Se de tudo que apuramos numa matéria, aproveitamos só 20%, que sejam os melhores 20% possíveis.

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Para o leitor, o resultado é ter acesso a uma informação garimpada e lapidada, direta, objetiva. Há muita informação por aí. Mas nem o mais voraz dos leitores é capaz de absorver tanto diariamente. É nesse horizonte que o jornal se torna importante por separar para o leitor aquilo que, teoricamente, é mais importante entre todo esse mar de informação.


É por isso que, mesmo na internet, os maiores portais (em audiência) de informação estão sempre ligados a grandes conglomerados da comunicação. É o caso do UOL, da Globo.com. Mesmo o Terra, que corre por fora, se aproveita do conteúdo da IstoÉ, dos canais da TV paga, de jornais.

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Quer mais argumentos? No Japão, país que vive e respira tecnologia, a circulação diária de jornais chega a 90 milhões de exemplares. A edição matutina do maior jornal do país chega a 9 milhões de exemplares. Isso em um país de 120 milhões de habitantes. Segundo a Embaixada do Japão no Brasil, o japonês médio dedica 40 minutos diários a leitura de jornais.


E o Brasil? Nossa circulação diária é de 8 milhões de exemplares. O maior jornal do país, a Folha de São Paulo, tem tiragem de média de 300 mil exemplares/dia. Como somos 190 milhões de brasileiros, há sim espaço para crescimento. Muito espaço.

Com base nisso arrisco dizer que o futuro é promissor para todas as mídias.


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