Tom era um gato preto, mais preto que carvão. Para alguns, esse era seu problema: ter nascido preto. Gatinho carinhoso, amava quando seu tutor acariciava sua cabeça.
No último Natal decidiu visitar a vizinhança, e um ignorante o seguiu, jogando-lhe pedras. Tom corria apavorado! O ignorante agachou-se e pegou uma pedra grande, mas felizmente o gato saltou, ileso. Vidros quebrados... A pedra acertou um carro de polícia. Da janela de sua casa, Tom e seu humano olhavam o homem ignorante sendo algemado, que esbravejava:- Já dizia minha mãe: gato preto dá azar!
O tutor do Tom escutou e gritou: - Nunca persiga um gato!
E o gato apoiando o tutor: -Miau, miau, miau.
Isabel Furini é escritora e poeta premiada.