Londrina e Vila Nova fizeram um grande duelo, digno de dois times que estão brigando pelo acesso. O estádio do Café viveu uma noite épica, emocionante e foi o palco do seu melhor jogo na temporada.
A vitória de 3 a 2 do LEC foi o desfecho ideal para uma torcida que enfrentou a forte chuva - foram quase seis mil torcedores - e que incentivou o time o tempo todo. E mostrou um Londrina guerreiro, que lutou até o fim, passou sufoco e que teve sorte de time que quer mesmo o acesso.
Apesar de ter terminado 0 a 0, o primeiro tempo já foi muito bom. E com o Vila Nova melhor. O time de Goiânia teve a chance de já ter decidido a partida no primeiro tempo. Comandado pelo ótimo meia Juninho e contando com muitos erros defensivos do Alviceleste, o Vila perdeu inúmeras chances de marcar. O Londrina pouco incomodou.
Para fazer justiça, logo aos 50 segundos do segundo tempo, Rafael Silva aproveitou outro vacilo da defesa do Londrina e tocou por cima do goleiro Vagner.
Sem muitas alternativas no jogo, Roberto Fonseca tirou os apagados Jardel e Higor Leite e colocou Germano e Carlos Henrique. Dagoberto passou a ser o armador do time. O LEC aumentou a pressão, mas chegava mesmo apenas nas bolas paradas. Para piorar o LEC ainda perdeu o zagueiro Lucas Costa machucado.
E foi de uma falta que saiu o empate, aos 25. Dagoberto bateu com perfeição, a bola explodiu no travessão e Carlos Henrique aproveitou o rebote. O Vila sentiu o golpe e parecia um boxeador atordoado.
Sabe aquela expressão que a bola pune. Pois é, o Vila teve o jogo nas mãos e não matou. Aos 29, foi a vez da dupla de zaga goiana bater cabeça e a bola sobrou para Felipe Marques e o melhor jogador do LEC nos últimos cinco jogos não perdoou e virou. Sexto gol dele na competição.
O jogo estava controlado e o Vila parecia não ter forças. Mas, o Londrina continuava errando defensivamente. Após cruzamento da esquerda, novamente o centroavante Rafael Silva foi para as redes, aos 43. Foi uma ducha de água fria na molhada e quente torcida azul e branca.
Mas o futebol é sempre surpreendente e por isso apaixonante. No lance seguinte, a bola estava dominada dentro da área pelo goleiro Rafael Santos. Paulinho Moccelin apertou a marcação e mesmo após recolher a bola com as mãos, inexplicavelmente, o goleiro goiano deu um soco no rosto do londrinense.
O jogo ficou parado por seis minutos e após muita pressão e cobrança, o árbitro baiano Jaílson Freitas, após consultar o auxiliar, marcou acertadamente o pênalti e expulsou o irresponsável Rafael Santos. O lateral Gáston teve que ir para o gol.
Aos 51, Dagoberto bateu e marcou o seu 14º gol na série B. Para dar mais emoção, a bola ainda pegou no travessão antes de entrar. A noite de sexta-feira ficou pequena para a festa da galera alviceleste.
Depois de tudo que aconteceu neste jogo não dá para duvidar de mais nada que o Londrina possa fazer nesta competição. Se a confiança já era enorme com a sequência de vitórias no Café - agora são sete - e da invencibilidade - agora são oito jogos - depois desta vitória épica só o G4 é o limite para o Tubarão.