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Treinadores pressionam por regulamentação da profissão

06 jan 2017 às 15:39

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Os treinadores do futebol brasileiro se uniram através da Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF) e prometem pressionar o Congresso Nacional para agilizar a tramitação da lei que regulamenta a profissão no país.

O projeto se arrasta há tempos e os profissionais querem usar a visibilidade que possuem neste início de temporada para cobrar agilidade. Este foi o primeiro assunto comentado pelo técnico Claudio Tencati na sua primeira entrevista do ano, nesta sexta-feira, no CT da SM Sports.

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A lei foi denominada Caio Júnior, em homenagem ao paranaense que morreu na tragédia aérea da Chapecoense. Caio foi um dos idealizadores da proposta ao lado de Dorival Júnior, Vagner Mancini e Zé Mário, que é o presidente da FBTF.

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Os treinadores querem se igualar ao mesmo patamar dos jogadores de futebol, com direitos e deveres baseados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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"Os treinadores não têm contrato registrado na CBF, como os atletas. Vai se obrigar os clubes a firmaram um contrato de pelo menos três meses e, em caso de demissão, não se poderá contratar outro enquanto não houver a rescisão do contrato e o pagamento dos direitos", revelou o técnico Claudio Tencati.


Outras reclamações dos profissionais e que serão regulamentadas com aprovação da lei é o direito de imagem aos treinadores, seguro de vida pago pela CBF e a obrigação da realização de cursos, além de experiência comprovada para iniciar na carreira.

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"Vai acabar a situação de um jogador encerrar a carreira e já virar treinador e também de quem não for da área. Vai precisar se preparar na academia de formação da CBF. Isso será um respaldo para nós, além de melhorar o nível do nosso futebol, sobretudo na iniciação", frisou o treinador alviceleste.


Tencati participou no final do ano do curso de preparação para treinadores na CBF. Foram dez dias de palestras e atividades com outros 100 treinadores de várias divisões do futebol brasileiro.


A CBF oferece quatro graus de especialização. A primeira para quem vai iniciar o trabalho na base, a segunda para começar em equipes profissionais, a terceira, denominada A, para se trabalhar em clubes das séries A e B e a última, a Pró, para dirigir seleções e trabalhar no exterior.

A última atualização do treinador do Londrina na CBF era de 2004. Tencati fez a primeira parte do curso para conseguir a certificação A. No meio do ano, finaliza a preparação. Em seguida, estará apto a buscar a qualificação máxima, que lhe permitirá trabalhar fora do país.


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