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Todos os interesses envolvidos em uma negociação

21 jul 2017 às 15:00

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O zagueiro Matheus fica por empréstimo até 30 de junho de 2018 no Royal Antuérpia - Gustavo Oliveira /Londrina Esporte Clube
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A saída do zagueiro Matheus para o futebol da Bélgica pegou a torcida do Londrina de surpresa. Afinal de contas, a série B ainda não chegou nem na metade e bem ou mal o jogador era titular do time.

Este tipo de negociação sempre gera muita discussão já que muitos aprovam e outros não. Nem sempre o torcedor sabe de todos os detalhes que envolvem uma situação como esta. A verdade é que uma transferência só acontece quando é bom para os dois lados: jogador e clube.

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Se olharmos pelo lado técnico, a saída não é boa para o Londrina. Não que o Matheus estivesse fazendo um campeonato impecável. Pelo contrário, já teve fases melhores no LEC. Mas, é que hoje o clube tem poucas opções no elenco. Ou seja, independentemente de quem saia, fará falta.

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Pelo lado financeiro, o negócio não deixa de ser interessante. Mesmo o LEC não recebendo nada pelo empréstimo e querendo passar a sensação que o jogador forçou a saída. Mas, é claro que a longo prazo pode se tornar um grande negócio. E pode ter certeza que isso foi levado em consideração pelo clube.

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Se não pensasse assim, o LEC não o liberaria, como aconteceu no caso do Jonatas Belusso, que tinha proposta da Coréia do Sul. O clube bateu o pé e não o liberou. Mas, são casos diferentes.


Belusso sairia e o alviceleste não receberia nada nem agora e nem no futuro. Matheus tem vínculo com o clube - até 30 de abril de 2019 - e se ele 'estourar' na Bélgica pode significar muitos dólares na conta do gestor e do LEC.

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Claro que o jogador 'forçou' a saída. Quem faria diferente? Mesmo indo para um clube médio de um país sem muita tradição no futebol, está na Europa e pode abrir um grande mercado.


Sem falar na experiência de vida, na qualidade de morar em um país de primeiríssimo mundo como a Bélgica e até mesmo no salário, que certamente, é maior do que recebia por aqui.

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O jogador não deve ser demonizado, assim como o clube e quem o administra hoje. Segurar um atleta insatisfeito não é o melhor caminho e perder a chance de colocar na vitrine uma de suas revelações, também não.


Talvez os mais prejudicados sejam o treinador, que perde uma opção em um elenco já reduzido, e o torcedor, que fica na bronca por ver o seu time enfraquecido em um momento que o time está embalando. Faltou planejamento em trazer um outro nome antes da saída de Matheus.

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Mas, este tipo de situação no futebol é normal seja aqui ou no milionário futebol europeu. É só ver o que está acontecendo com Neymar no Barcelona.


Ao torcedor alviceleste resta torcer para que o Matheus brilhe lá, pois isso vai render dinheiro ao LEC, e para que a diretoria trabalhe rápido para repor a sua saída e que o novo reforço tenha sorte por aqui.

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