A decisão do STJD de punir o J. Malucelli e colocar o Rio Branco no lugar surpreendeu a todos. E abriu um precedente perigoso na justiça esportiva brasileira. E também no Campeonato Paranaense.
Que a irregularidade da escalação do atacante Getterson era flagrante ninguém duvidava. Aliás, foi assim que se referiu o relator do processo, Paulo Salomão, para embasar seu voto. A entrada do Rio Branco nas quartas de final também era plausível, apesar de não ser uma unanimidade.
O que ninguém imaginava era que com a inclusão de um novo clube, os demais confrontos não fossem alterados. Os auditores alegaram que desta forma o prejuízo para a competição é menor. Mas, pode ser enorme lá na frente.
Se criou uma bizarrice jurídica e esportiva. O Londrina, quinto colocado na fase classificatória, vai enfrentar o Rio Branco, que, com a punição do Jotinha, terminou em oitavo. Surreal!
Difícil entender uma decisão dessas. Ou se eliminava o J. Malucelli e classificava o Londrina direto para a semifinal ou incluía o Rio Branco e alterava todos os confrontos.
Se criou uma jurisprudência inédita no futebol brasileiro e que pode ter muitos desmembramentos no futuro.
Imagine o seguinte. Se o Paraná for eliminado pelo Atlético, qual a chance do Tricolor recorrer na justiça? Enorme. Afinal, se ele foi o primeiro e o Rio Branco o oitavo, o confronto teria que ser entre eles.
E assim, sucessivamente, os perdedores das quartas de final se sentirão com o mesmo direito. A probabilidade do Paranaense terminar nos tribunais é muito grande.
Por fim, para o Londrina ficou bom. Como a disputa com o Jotinha estava bem complicada, o time terá agora uma nova chance.
Pegará um adversário bem mais fraco, que ficou sem treinador e que liberou todos os jogadores após o término da primeira fase. Só não pode repetir a atuação pífia que teve no último domingo. O caminho está aberto para a semifinal.