Há algumas temporadas, o Londrina não começava um ano tão vacilante. Na série B do ano passado, por exemplo, o time teve apenas uma sequência de duas derrotas seguidas - Vasco e Luverdense. Mostrava equilíbrio.
Em 2017, já são duas - Toledo e a vexatória eliminação para o Gurupi e Cascavel e Cianorte. Pior ainda que foram em duas competições infinitamente mais fracas que o Brasileiro. A limitação técnica do elenco se intensifica com os muitos desfalques.
A derrota de domingo não pode ser colocada na conta apenas das ausências - a atuação foi muito abaixo da média -, mas é claro que nomes como Luizão, Germano e França fazem falta.
Até elencos muito mais estrelados sentem a falta de titulares importantes. Veja o que acontece com o Santos no Paulistão.
O problema maior é que mesmo quando jogou completo, o time decepcionou. Na derrota em Toledo, todos os titulares estavam em campo.
Tencati tem encontrado dificuldades para encaixar as peças corretas. Tem contra ele, o mau momento técnico de alguns jogadores, a inexperiência de outros e também a falta de confiança de parte do elenco pelos jogos ruins e maus resultados.
Não acredito que o LEC não irá se classificar. Apesar dos problemas e da tabela complicada até o final, o time tem mais qualidade e estrutura que a maioria dos adversários.
A competição tem um nível tão sofrível que permite uma recuperação com o encaixe de duas ou três peças na equipe. Não se pode duvidar de uma arrancada como a que levou ao título de 2014. A fragilidade dos adversários permite isso.
Mas, a reação tem que começar já no domingo. Mesmo com o terceiro time em campo, o Atlético tem a força da Arena e será parada dura. Até porque faz muito tempo que o alviceleste não vence um grande na capital.
Resta ao elenco trabalhar e se unir. Ao Tencati encontrar as melhores opções e contar com a sorte também. Ao torcedor incentivar e cobrar, pois o elenco tem a obrigação de levar o clube a segunda fase. Qualquer outra coisa será difícil de explicar e aceitar.