Em se tratando de futebol, onde as circunstâncias mudam muito rapidamente, é difícil dar opiniões concretas logo na primeira observação e depois de tão pouco tempo de trabalho. Muita coisa ainda vai mudar.
A primeira aparição do Londrina em 2020 trouxe algumas convicções, boas expectativa, alguma esperança, mas também várias preocupações. O jogo-treino contra o Operário - vitória alviceleste por 2 a 1 - foi bem movimentado, levando em conta a esperada falta de condicionamento físico e ritmo de jogo dos atletas das duas equipes.
Do time que o técnico Alemão colocou em campo no primeiro tempo e que será a base para a estreia no Paranaense, no dia 19, ficou a certeza que o Londrina terá um sistema defensivo forte, principalmente com o quarteto Albino-Raí Ramos-Lucas Costa e Augusto. A retaguarda está bem servida. Victor Luiz ainda é uma incógnita, mas pode evoluir.
O meio-campo está longe do ideal. Falta um volante de ofício - Matheus Olavo jogou na função, mas não tem características para a posição. Pedro Cacho tem potencial para jogar e Matheus Bianqui ainda falta deslanchar. Há necessidade urgente de se contratar um armador.
Danilo é a grande esperança do clube em 2020 e pode seguir os passos de Anderson Oliveira e Luquinha. Fez um golaço no treinamento e mostrou que merece começar o ano como titular. Não é hora de empolgação e nem de cobranças exageradas e sim de dar tempo para o garoto evoluir.
Uelber pode ajudar no ano, mas difícil de imaginar que será um dos titulares pelo lado do campo. Ele tem velocidade e força, mas falta mais técnica para atuar de ponta. Tem concorrência forte também e a posição deve ficar com Paulinho Moccelin ou com os novos reforços que estão chegando: Thiago Henrique e Igor Paixão.
E tem ainda o dilema da camisa 9, que o Londrina não encontra desde Dagoberto, na série B de 2018. Alemão tem quatro opções: Miullen, Júnior Pirambu, Devid e Gabriel Barbosa. Todos ainda precisam provar que merecem vestir a camisa alviceleste.
Miullen tem sido elogiado pelo treinador nos treinamentos e deve começar o ano como titular. Foi bem diante do Operário. Se movimentou, incomodou e deu agilidade ao ataque. Resta saber se ele terá a cabeça no lugar para aproveitar a oportunidade e deixar para trás os dois últimos anos de ostracismo. Sabe que esta é a sua última chance. E terá que provar se a qualidade apresentada na base será repetida no profissional.