Tem alguma coisas difíceis de acreditar no Brasil. O atacante Deivid, que deixou o Coritiba alegando atrasos no pagamento dos direitos de imagem, incluiu na sua ação trabalhista contra o clube uma "declaração de pobreza".
O dispositivo permite a quem comprovar que não tem renda suficiente receber isenção do pagamento das custas do processo e dos honorários advocatícios.
Deivid, que recebia de salário em carteira R$ 100 mil e esse pagamento estava em dia, declarou ser "pessoa economicamente pobre no sentido literal e jurídico do termo" e que se encontra "em situação econômica que não me permite demandar sem sacrífico do meu sustento próprio ou familiar".
É mole ou não. Se um jogador que ganha R$ 100 mil por mês está em uma situação difícil imagine o pobre trabalhador brasileiro.
E só como detalhe, o jogador briga na justiça para receber R$ 150 mil, referentes ao direito de imagem, que ele tinha direito por mês. Segundo Deivid, este pagamento estava atrasado há mais de um ano.
É verdade mesmo, um salário total de R$ 250 mil mensais realmente é muito pouco e a Justiça tem que se solidarizar mesmo diante de uma situação de miséria como esta.