O Campeonato Paranaense de futebol é um produto cada mais desvalorizado. Passa ano, entra ano e a competição não consegue empolgar ninguém. Clubes, jogadores, torcidas, empresários e patrocinadores.
A cada ano mais clubes decidem entrar com times mistos, sub-20, sub-23. Até o Londrina, que não vai de time reserva na competição, mas já adiantou que não fará grandes contratações visando o Estadual.
A desvalorização do Paranaense se traduz fielmente em relação ao lado financeiro. Os clubes vão receber de cotas da TV o mesmo valor que em 2018. Coritiba e Paraná vão faturar R$ 600 mil, o LEC R$ 500 mil e os demais oito times ficam com R$ 375 mil. O Atlético, novamente, não assinou com a TV.
Os valores repassados aos clubes são insignificantes em comparação a outros Estaduais. Em valores brutos, o Paranaense paga menos que o Paulista, o Carioca, o Mineiro, o Gaúcho e o Catarinense.
Estadual mais rico do país, o Paulistão pagará em cotas para cada um dos quatro grandes – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos - mais de R$ 17 milhões. Um segundo grupo, formado por Ponte Preta e Guarani, recebe R$ 5 milhões cada. E todos os demais clubes do interior ganham R$ 3,5 milhões cada um.
O Paulista ainda paga uma premiação pela posição final de cada time. O campeão, por exemplo, fatura mais R$ 5 milhões e o vice, R$ 1,65 milhão. A premiação vai até o 14º colocado, que recebe R$ 100 mil. O campeão do interior tem prêmio de R$ 360 mil e o vice, de R$ 100 mil.
A desvalorização cada vez maior do Paranaense é culpa dos clubes, dos seus dirigentes e dos homens que comandam o futebol estadual.