Após quase três horas de uma acalorada discussão nesta terça-feira (17), em Curitiba, os 12 clubes definiram a fórmula de disputa do Campeonato Paranaense de 2018. Depois de quatro anos com o mesmo formato, o Estadual terá um novo regulamento.
A competição terá duas taças - primeiro e segundo turnos - e lembra a forma como o Campeonato Carioca foi jogado por vários anos - hoje já não é mais assim - com a disputa da Taça Guanabara e Taça Rio.
Na primeira fase, os 12 clubes serão divididos em dois grupos. No primeiro turno, os times enfrentam os rivais do outro grupo. Os dois primeiros de cada chave avançam a semifinal, que será em jogo único, com os vencedores fazendo a final, também em partida única. O campeão do turno garante vaga na decisão do campeonato.
No returno, os times se enfrentam dentro do grupo. Os dois primeiros avançam para a semifinal e quem passar vai para a final. Assim como no primeiro turno, em jogos únicos. Se a mesma equipe vencer os dois turnos será declarada campeã estadual sem a necessidade da grande final.
Em caso de decisão, as partidas finais estão agendadas para os dias 1º e 8º de abril. O Paranaense vai começar no dia 21 de janeiro e terá 17 datas reservadas. Os dois piores times, somando a pontuação dos dois turnos, serão rebaixados.
A definição dos grupos levou em consideração a questão técnica e o Estatuto do Torcedor. As chaves da primeira fase serão formadas da seguinte forma: Coritiba, Cianorte, Paraná, Cascavel, Foz do Iguaçu e Maringá de um lado e Atlético, Londrina, Prudentópolis, Rio Branco, Toledo e União do outro.
Já havia passado da hora do Paranaense ter uma mudança de regulamento em uma tentativa de valorizar a competição, que perdeu muito valor nos últimos anos.
Acredito que o novo formato seja interessante, sobretudo para os clubes do interior, que terão a oportunidade de se recuperarem, caso façam uma campanha ruim no primeiro turno, por exemplo. Até quem ganhou um turno fica motivado para buscar o título direto.
Até a limitação de 30 inscrições de jogadores - com possibilidade de cinco trocas - é interessante e impede que alguns clubes escalam dois, três times diferentes ao longo da competição. Pelo menos com a nova configuração, se cria uma motivação extra no próximo ano.