Nunca é bom quando o jogo de futebol em sim fica em segundo plano e perde espaço para as discussões de arbitragem. Mesmo sabendo que as polêmicas fazem parte do futebol e sempre vão existir, mesmo com o VAR.
O que mais se tem falado da vitória do Cruzeiro sobre o Corinthians e do sexto título dos mineiros na Copa do Brasil é do trabalho do árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães. Apesar de não ter interferido no resultado da partida - menos mal -, o apitador se mostrou mal preparado nas suas decisões e mesmo com o auxílio do árbitro de vídeo errou.
Continuo com a mesma opinião que tive na hora do jogo. Não marcaria nenhum dos dois lances polêmicos em Itaquera. Não houve pênalti de Thiago Neves em Ralf e muito menos falta de Jádson no Dedé. Em nenhum lugar do mundo se marca infração no lance como esse. A CBF, como sempre, isentou o árbitro e disse que houve acerto porque os lances são interpretativos. O VAR veio justamente para garantir a realidade do lance, longe da interpretação.
Tudo pronto na sala do VAR para a #FinalCopadoBrasil! Dia que ficará marcado na história!🇧🇷⚽ pic.twitter.com/JWlmHS4xRZ
CBF Futebol (@CBF_Futebol) 18 de outubro de 2018
A quantidade de árbitros em cada jogo tem aumentado muito nos jogos no Brasil, mas a qualidade não acompanha. Na decisão, eram cinco árbitros/assistentes em campo, além do árbitro de vídeo - Wilton Pereira Sampaio -, que tem mais quatro assistentes. Não consigo imaginar que tanta gente assim consiga errar tão grotescamente, mesmo com o auxílio da tecnologia.
O problema não é o VAR - que precisa sim ser aperfeiçoado e melhorado -, mas que não pode ser responsabilizado pelos erros. A tecnologia é imprescindível na vida atual e no futebol não é diferente. Não tem como voltar atrás.
A @CopadoBrasil está finalizada! Parabéns ao @Cruzeiro e ano que vem tem mais emoção!
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O problema é a qualificação da arbitragem brasileira. Falta treinamento, aperfeiçoamento, cobrança, renovação e profissionalização. A própria cúpula de arbitragem da CBF carece de oxigenação. São sempre os mesmos, que se revezam nos cargos principais, e que deveriam deixar espaço para novas cabeças. Estes sim, são os verdadeiros culpados.