Blog do Lucio Flávio
Londrina e Criciúma fazem um jogo decisivo nesta sexta-feira, no Heriberto Hülse. Uma vitória vai colocar um pé alviceleste na série A, ao Tigre seria a sobrevida na série B e a manutenção do sonho.
Os números, isoladamente, são sempre frios. Mas, em uma conjuntura ao longo de mais de 30 rodadas, podem dizer muita coisa. Vamos a eles então.
O Criciúma está entre os dez melhores ataques (40 gols), mas isso deixa a sua defesa exposta, sofreu 38 gols. Uma prova disso foi a derrota para o Atlético Goianiense. O time se abriu demais e foi castigado no fim.
É um fator a ser explorado pelo LEC, que marca muito forte, com compactação e é cirúrgico nos contragolpes. Sobretudo, fora de casa.
Não é a toa que o Londrina está entre os times que menos perderam - só oito derrotas. É um time difícil de ser batido. É regular, constante e os jogadores sabem exatamente o que o treinador quer no plano tático.
Além de tomar poucos gols. Tem a melhor defesa - 23 gols em 32 partidas. Média de 0,71 gol por jogo. Em campeonato de pontos corridos quem toma pouco gol chega longe. Não é por acaso que o LEC está no G4.
O Tigre é apenas o nono melhor mandante - 64% - e o LEC o quinto melhor visitante - 48%. Pela necessidade de vitória do time catarinense é mais um jogo com as características que o Londrina adora.
Se repetir as últimas atuações fora de casa, o Londrina terá grandes chances de buscar mais um bom resultado. E necessário ressaltar, que o Criciúma é melhor que o Brasil. Ainda tem mais motivação e movimentação que o time gaúcho. O jogo será mais difícil do que o realizado no Bento Freitas.
Mas, por jogar a sua sobrevida, o time catarinense vai pressionar muito e se lançar ao ataque e deixar os espaços, que o Londrina tem conseguido aproveitar muito bem até aqui. É jogo decisivo e por isso é necessário utilizar todas as cartas. As fichas estão na mesa.