Obviamente que o problema do Londrina não é exclusividade de treinador. Afinal, já passaram três por aqui este ano e não conseguiram fazer o time render. Mas, é claro que não havia condições de manter Sérgio Soares. A mudança tinha que acontecer e de forma urgente.
Além do desempenho pífio - 28% de aproveitamento - uma vitória, três empates e três derrotas -, Sérgio Soares tentou implantar uma filosofia de jogo que não encontrou respaldo no limitado elenco alviceleste.
Jogar ofensivamente é bonito e todo mundo gosta. Porém, futebol é equilíbrio. E Soares não conseguiu isso no LEC. Apostou em um ataque que não tem qualidade para ser decisivo e deixou o time completamente exposto defensivamente. Na série B não é possível jogar assim.
Pior que o desempenho numérico desta fase é a apatia e o conformismo do elenco. O time desabou rodada a rodada na classificação e agora, depois de quase dois anos e meio da sua volta a série B, o Londrina passa uma rodada na zona do rebaixamento, e todos acham que tudo está normal e que a virada virá em um passe de mágica. Não virá.
Sérgio Soares mostrou este conformismo também e não conseguiu mudar este pensamento dos jogadores. Então era preciso trocar. E, independentemente de quem chegar, a primeira missão é colocar na cabeça dos jogadores que o momento é terrível e que será preciso mudar o foco e a atitude. Se cada jogo não for encarado como uma decisão, o pior poderá vir no fim do ano.