O ditado que fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é ilusão, serve também para o futebol. O técnico Claudio Tencati está levando ao pé da letra esta tese para escalar o Londrina para o confronto contra o Paysandu, na terça-feira (4).
Diante de três jogos muito ruins e a conquista de apenas um ponto nas últimas rodadas, o treinador muda o time em sete posições em uma tentativa de melhorar o aproveitamento.
Algumas mudanças são por obrigação, já que Ayrton e Artur estão suspensos. Igor Miranda entra na lateral-esquerda e Wellisson, no ataque. A escolha por Wellisson é uma aposta perigosa do treinador.
O garoto não joga desde fevereiro - a última partida foi contra o Paraná Clube pela Primeira Liga - e ficou este tempo todo no departamento médico. De qualquer forma, é hora de arriscar mesmo.
No sistema defensivo, mudanças nos dois zagueiros. Silvio volta a ser titular e Gustavo Silva faz a sua estreia. Marcondes e Matheus vão para o banco. A aposta do treinador é pela experiência neste momento delicado.
E pela fase ruim dos zagueiros, mesmo com poucos dias de treinos, Gustavo tem mesmo que jogar. O Londrina não pode se dar ao luxo de ficar esperando uma preparação melhor.
No meio-campo, Jardel volta de suspensão e Jumar fará seu primeiro jogo na temporada no lugar de Rômulo. Em razão de seguidas contusões, Jumar não atua há quase um ano. Apesar disso, ele tem muita qualidade e experiência.
A outra mudança é o retorno de Marcinho no lugar de Fabinho. Uma escolha técnica e o garoto volta ao time titular, posição que era sua nas primeiras rodadas.
Com tantas mudanças o LEC vai a campo com César; Reginaldo, Silvio, Gustavo Silva e Igor Miranda. Jumar, Jardel, Celsinho e Marcinho. Jonatas Belusso e Wellisson.
Mas significativa que as trocas de nomes é a mudança da forma do time jogar. Perde as jogadas de velocidade pelo lados com a escalação de dois homens de referência no ataque.
Belusso e Wellisson não são atacantes fixos e por isso vão tentar usar um pouco da mobilidade que possuem para suprir as ausências dos extremos.
O time fica mais forte no meio-campo, com dois homens de marcação, especialmente Jumar, e dois de criação. Tencati deve voltar a jogar com um losango no setor. É uma tentativa de deixar a equipe mais equilibrada, o grande problema do LEC até aqui na série B.
No futebol nem sempre muitas mudanças significam um futebol mais vistoso. Alterações demais fazem as equipes perderam a consistência. Como o Tencati teve alguns dias para trabalhar esta nova forma de jogar, a expectativa é que ela proporcione uma evolução no futebol alviceleste.